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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ALLAN KARDEC - biografia

Nascido em Lião, a 3 de outubro de 1804, Allan Kardec (Léon-Hippolyte-Denizart Rivail ) sentiu-se, desde os verdes anos, atraído pelos estudos da ciência e da filosofia. Matriculado na escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais aplicados discípulos daquele eminente professor e um dos mais zelosos propagadores do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu na reforma dos estudos de Alemanha e de França. Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino por vocação e especiais aptidões, desde os quatorze anos ensinava aos condiscípulos menos adiantados o que ia aprendendo. Foi com essas lições que se lhe desenvolveram as idéias, que mais tarde deveriam colocá-lo entre os homens do progresso e do livre pensamento. Nascido na religião Católica, mas educado no Protestantismo, serviram-lhe os atos de intolerância por que passou, de incentivo, ao pensamento de uma reforma religiosa, na qual trabalhou, em silêncio, por dilatados anos, procurando alcançar o meio de unificar as crenças, sem que pudesse descobrir, entretanto, o elemento indispensável para a solução do grande problema. Foi o Espiritismo que, mais tarde, lhe facultou esse meio, imprimindo-lhe aos trabalhos particular orientação.
Concluídos os estudos, tornou à França; possuindo profundo conhecimento da língua alemã, traduziu para ela diferentes obras de educação e moral, entre as quais , o que é característico, as de Fénelon, que mui particularmente o seduziram.
        De 1835 a 1840, fundou em sua casa, na rua Sévres, cursos gratuitos de física, química, anatomia comparada, astronomia, etc.- empresa digna de encômios em qualquer tempo, mas principalmente numa época em que bem poucos eram os interessados que se aventuravam pôr aquela senda. Sempre empenhado em tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação. Entre as numerosa obras de educação, podemos citar as seguintes:
  • Plano para o melhoramento da instrução pública, 1828. 
  • Curso prático e teórico de aritmética, segundo o método de Pestalozzi , para uso de professores e de mães de família, 1829.
  • Gramática francesa clássica, 1831.
  • Manual para exames de capacidade. Soluções racionais de questões e problemas de aritmética e de geometria, 1846. 
  • Catecismo gramatical da língua francesa, 1848.
  • Programa dos cursos ordinários de física, química, astronomia, fisiologia (que ele dava no Liceu Polimático).
 Antes que o Espiritismo lhe viesse popularizar o pseudônimo de Allan Kardec, havia ele, como se vê, sabido ilustrar-se com trabalhos de natureza mui diversa, os quais tinham pôr finalidade esclarecer a massa popular, prendendo-a ainda mais ao sentimento de família e ao amor de pátria. Em 1855, quando se começou a tratar das manifestações de Espíritos, Allan Kardec dedicou-se a perseverantes observações do fenômeno e cuidou principalmente de lhe deduzir as conseqüências filosóficas; entreviu de longe o princípio de novas leis naturais; aquelas que regem as relações entre o mundo visível e invisível.
        Reconheceu, nas manifestações deste, uma das forças da natureza, cujo conhecimento devia projetar luz a uma infinidade de problemas considerados insolúveis. Finalmente percebeu a relação de tudo aquilo com pontos de vista religiosos. As suas principais obras acerca da nova matéria são: O Livro dos Espíritos, para a parte filosófica, cuja a primeira edição apareceu a 18 de abril de 1857. O Livro dos Médiuns, para a parte experimental e científica, publicada em janeiro de 1861. O Evangelho Segundo o Espiritismo, para a parte moral , publicada em abril de 1864. O Céu e o Inferno, ou A Justiça de Deus segundo o Espiritismo, agosto de 1865. A Gênese, os Milagres e as Predições, janeiro de 1868.
        A Revista Espírita, órgão de estudos psicológicos, publicação mensal começada em 1 de janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 1 de abril de 1858, a primeira sociedade espírita regularmente constituída, com o nome de Societé parisiense des études spirites, cujo o fim exclusivo era o estudo de tudo quanto pudesse contribuir para o progresso da nova ciência. Homem de caráter frio e severo, observara os fatos e das observações deduziu as leis que os regem; foi o primeiro que, a propósito desses fatos, estabeleceu teoria e constituiu em corpo de doutrina , regular e metódico. Demonstrou que os fatos, falsamente chamados sobrenaturais, são sujeitos as leis, os subordinou à categoria dos fenômenos da natureza, e fez ruir, assim, o último reduto do maravilhoso, que é uma das causas da superstição.
        Durante os primeiros anos os fenômenos espíritas foram mais objeto de curiosidade, do que de meditações sérias. O Livro dos Espíritos fez com que fossem encarados pôr outra face: desprezaram-se as mesas falantes, que tinham sido o prelúdio e se ligou o fenômeno a um corpo de doutrina, que compreendia questões concernentes à humanidade. Nesta época a doutrina prendeu a atenção dos homens sérios e adquiriu rápido desenvolvimento. Em poucos anos, as idéias espíritas contavam com numerosos aderentes nas classes sociais e em todos os países.
Um dos princípios mais fecundos da doutrina, o qual decorre do precedente, é o da pluralidade das existências, já entrevista pôr inúmeros filósofos antigos e modernos e, nestes últimos tempos. Desse princípio decorre a solução de todas as anomalias aparentes da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais. O homem sabe assim donde vem, para onde vai, para que fim está na Terra e pôr que sofre aqui.
         Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a iniciar o trabalho e o último a deixá-lo, Allan Kardec sucumbiu a 31 de março de 1869, em meio dos preparativos para mudar de domicílio, como lho exigia a extensão considerável das múltiplas ocupações. Numerosas obras, que tinha em mão, ou que só esperavam oportunidade para vir a lume, provar-lhe-ão um dia a magnitude das concepções. Morreu como viveu: trabalhando. Desde longos anos sofria do coração, que reclamava, como meio de cura, o repouso intelectual, com pequena atividade material. Ele, porém, inteiramente entregue às obras, negava-se a tudo o que lhe roubasse um instante das suas ocupações de predileção. Nele, como em todas as almas de boa têmpera, a lima do trabalho gastou o aço do invólucro. O corpo, entorpecido, recusava-lhe os serviços; mas o espírito, cada vez mais vivaz, mais enérgico, mais fecundo, alargava-lhe o círculo da atividade. Na luta desigual a matéria nem sempre podia resistir.
        Um dia foi vencida: o aneurisma rompeu-se e Allan Kardec caiu fulminado.
        É um labutador infatigável, que foi aumentar as forças das falanges do espaço. O homem, nós o repetimos, deixou-nos, mas Allan Kardec é imortal, e a sua memória, os trabalhos, o Espírito, estarão sempre com aqueles que sustentarem com firmeza e elevação a bandeira, que ele sempre soube fazer respeitar. (Revue Spirit. Maio 1869).


2 comentários:

Merlaine Garcês disse...

Bem vinda Denise ao Essência ... obrigada por seguir!
Já temos afinidades... sou adepta ao Espiritismo!
Bjs!
Seguindo-te!

Sandra Portugal disse...

Não conhecia a biografia dele, mais um aprendizado, logo na primeira visita já saio daqui com mais conhecimento! Obrigada
Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//