Empenhar-se em superar o sofrimento deve ser a
constante preocupação do homem.
A dor macera os sentimentos, desencoraja as
estruturas psicológicas frágeis, infelicita, leva a conclusões falsas e
estimula os estados de exaltação emocional ou de depressão conforme a estrutura
íntima de cada vítima.
Apresenta-se sob dois aspectos: físico e mental, na
imensa área das patologias geradoras de doenças. Nesse caso, o sofrimento é como
uma doença e resultado dela.
As doenças, porém, são inevitáveis na existência
humana, em razão da constituição molecular do corpo, dos fenômenos biológicos a
que está sujeito nas suas incessantes transformações.
A abrangência da ação da matéria sobre o espírito,
particularmente nos estágios mais primitivos, enseja sofrimentos constantes
face às doenças físicas contínuas e às distonias mentais frequentes.
À semelhança do buril agindo sobre a pedra bruta e
lapidando-a, as doenças são mecanismos buriladores para a alma despertar as
suas potencialidades e brilhar além do vaso orgânico que a encarcera.
Nessa área, a ciência médica alcançou um elevado
patamar do conhecimento, debelando antigas enfermidades que dizimavam milhões
de existências e alucinavam multidões.
A lucidez do diagnóstico, a habilidade cirúrgica, a
farmacopéia rica e as diversas terapias alternativas tem contribuído com um
grande contingente de socorro para atender os enfermos. Embora os surtos
periódicos de antigos males e o surgimento de outros que a imprevidência gera,
essa conquista expressiva contribui para que tal sofrimento seja atenuado.
Na área das psicopatologias a visão humana é hoje
mais benigna do que no passado, considerando o enfermo mental um ser humano, e
como tal prossegue, ainda que momentaneamente tenha perdido a identidade, o
equilíbrio, com o direito de receber assistência, oportunidade e amor.
Multiplicaram-se, lamentavelmente, porém, os
distúrbios existenciais, comportamentais, na área psicológica, nascendo a chamada
geração neurótica perdida no mare magnum
das vítimas do sexo em desalinho, das drogas alucinantes, da violência e
agressividade urbanas, do cinismo desafiador.
Os avanços tecnológicos não bloquearam os corredores
do desespero; a cultura hedonista, fria em relação aos valores morais, e as
guerras contínuas fomentaram o medo, a insatisfação, o desespero, as fugas
emocionais.
A juventude insegura tornou-se-lhe a grande vítima a
um passo da depressão, da loucura, do suicídio.
Ao lado das diversificadas patologias desesperadoras
do momento os fenômenos psicológicos de desequilíbrio alastram-se
incontroláveis.
A mole humana passou a sofrer o
efeito desses sofrimentos que se generalizaram.
(continua)
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
Um comentário:
Infelizmente é assim, a Medicina luta
para eliminar ou atenuar as dores, mas os
homens parecem lutar para multiplicá-las.
Pelo menos, se a Medicina contribui para
aliviar as dores físicas, a Doutrina dos
Espíritos lança um bálsamo sobre o campo
do sofrimento psicológico.
Beijos.
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