Os pais sempre desempenharão papel relevante na vida dos filhos, particularmente no momento da sua socialização. Se forem pessoas sociáveis, equilibradas, portadoras de bons relacionamentos humanos, vão-se tornar paradigmas de segurança para os filhos que, igualmente acostumados ao
sentido de harmonia e de felicidade doméstica, elegerão aquelas que lhes sejam semelhantes e formarão o seu grupo dentro dos mesmos padrões familiares, ressalvados os interesses da idade.
Todo jovem aprecia ser amado pelos pais e desfruta essa afetividade com muito maior intensidade do que demonstra, constituindo-lhe segurança, que passa adiante em forma de relacionamento social agradável. Quando o convívio no lar é caracterizado pelos atritos e discussões sem sentido, a sua visão é de que a sociedade padece da mesma hipertrofia de sentimentos, armando-se de forma a evitar-lhe a interferência nos seus interesses e buscas de realização pessoal. Em conseqüência, torna-se hostil à socialização, em virtude das lembranças desagradáveis que conserva do grupo familiar, que passa, na sua imaginação, como sendo semelhante ao meio social que irá enfrentar.
O jovem é convidado, por si mesmo, à demanda de transformar-se em um adulto capaz, que enfrente as situações difíceis com equilíbrio, que inspire confiança, que seja portador de uma auto-imagem positiva. Mesmo quando se torna independente dos progenitores, preserva a satisfação de saber-se amado e acompanhado a distância, tendo a tranqüilidade da certeza que a sua existência não é destituída de sentido humano nem de valor positivo para a sociedade.
Se isso não ocorre, ele faz-se competitivo, desagradável, mesquinho e inseguro, buscando outros equivalentes que passam a agrupar-se em verdadeiras hordas, porque o fenômeno da socialização continua em predominância na sua natureza, somente que, agora, de forma negativa.
A socialização do jovem é um processo de longo curso, que se inicia na infância e deve ser acompanhada com muito interesse e cuidado, a fim de que, na adolescência, esse desenvolvimento não se faça traumático nem desequilibrante.
ADOLESCÊNCIA E VIDA
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS
3 comentários:
Ter filhos adolescentes nos dias de hoje é mesmo complicado!! Os meus, com 20 e 21 anos, embora já casados, precisam de apoio e direção constantes! Adoro este seu espaço de luz, tenho estado ausente devido ao TCC e final de faculdade, que me consomem o tempo e os neurônios, rsrsrrs.
Luz e paz em seu caminho!!
Beijos!♥
Maravilhoso seu blog beijos.
Texto perfeito!! Penso que a educação dos filhos começa pela nossa própria educação, pois os filhos seguem mais exemplos do que palavras. Na infância é formada a personalidade da criança e é quando ela assimila os valores familiares que carregará por toda a vida.
Obrigada por texto tão consciente!!
Bom restinho de semana!! Beijus,
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