Que queremos realmente da vida? Para que vivemos? Qual a nossa busca verdadeira?
Há pessoas que jamais questionam sobre essas coisas porque não querem saber nada sobre si mesmas.
São criaturas que agem impensadamente, sem medir o alcance de suas palavras e gestos, atos e atitudes. Não se dão conta das coisas em sua volta, não percebem as circunstâncias em que vivem. Agem de modo insensato e maquinal. São levianos e incoerentes, há neles ausência de reflexão – não têm nenhum domínio de suas faculdades naturais.
Por outro lado, não são poucos os que se satisfazem em apresentar para si e para os outros respostas prontas, regulamentadas, banais, corriqueiras. Não se pode entender nada daquilo que não tenha vindo das próprias, experiências e vias inspirativas.
Igualmente, são inumeráveis aqueles que, julgando saber muito, limitam-se a repetir frases feitas retiradas de compêndios filosóficos e religiosos. Têm respostas para tudo, repisam conceitos ocos ou sem eco, tomam ares de intelectual, mas, em verdade, sentem enorme vazio interior.
Pedimos de fato o que desejamos? Pode ser que nos darão tudo aquilo de que não gostamos.
Buscamos verdadeiramente nosso íntimo? Se não, acharemos coisas que nada têm a ver conosco.
Batemos na porta que queremos? Talvez abrirão portas pelas quais não queremos passar.
Se não sabemos o que queremos, para onde então estamos indo?
Como a vida maior vai facilitar a nossa caminhada se não sabemos qual é nosso rumo ou meta?
Pensemos bem, reflitamos: sentir e viver a vida interior é muito mais do que ficar pensando nela.
Necessitamos tomar uma atitude de observação interna e externa, de atenção perceptiva, junto com o anseio de encontrarmos o nosso verdadeiro lugar na vida, de entendermos o sentido das coisas que nos acontecem, visto que tudo tem um significado implícito.
O mundo nos apresenta uma enxurrada de pensamentos concluídos e opiniões prontas. É um erro de cálculo buscar respostas feitas, e muitos de nós ainda não queremos pensar por nós mesmos. Assim procedendo, apenas agravamos a angústia da busca, por não procurarmos o que está imanente na própria alma.
Cada criatura tem um jeito único de ser e crescer, um espaço exclusivo a ocupar neste mundo e um peculiar poder pessoal de mapear seu próprio caminho evolutivo.
O que resulta da opinião alheia e nela se fundamenta é conceito relativo. O que deriva da realidade das coisas – o que se sente e o que se vive, e nela se baseia – é fato autêntico.
A grande maioria das criaturas prefere enxergar por meio dos olhos dos outros; entretanto, devemos perceber a vida com nossos próprios olhos.
Sabemos mesmo o que pedimos? Do contrário, poderemos viver existencialmente, sem paradeiro, como ambulantes sem rumo e sem porto.
Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir. Quando temos um objetivo claro, o universo inteiro conspira silenciosamente em nosso favor.
UM MODO DE ENTENDER, UMA NOVA FORMA DE VIVER
Francisco do Espírito Santo Neto – Espírito Hammed
Um comentário:
Vejo essa descoberta como tarefa de aprendizagem;é preciso que façamos a lição de casa todos os dias, começando pela pausa do burburinho da rotina, praticando a meditação, buscando conectar-se com seu espírito interior, ouvi-lo, descobri-lo, segui-lo,trazer á luz dos olhos os valores e sentimentos sadios que religarão a nossa existência no plano terreno ao plano espiritual.
Não é exercício fácil.Requer empenho, mas devemos tentar realizá-lo.
Bjos,Denise,
Calu
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