A emoção da inveja no adulto é produto das atitudes
internas de indivíduos de idade psicológica bem inferior à idade cronológica,
os quais, embora ocupem corpos desenvolvidos, são verdadeiras almas de crianças
mimadas, impotentes e inseguras, que querem chamar a atenção dos maiores no
lar.
A necessidade de poder e de prestígio desmedidos que
encontramos em inúmeros homens públicos nas áreas religiosa, política,
profissional, esportiva, filantrópica, de lazer e outras tantas, deriva de uma
aspiração de dominar ou de um sentimento de onipotência, com o que tentam
contrabalançar emocionalmente o complexo de inferioridade que desenvolveram na
fase infantil.
Encontramos esses indivíduos, nas lutas partidárias,
em que, só aparentemente, buscam a igualdade dos direitos humanos, prometem a
valorização da educação, asseguram a melhoria da saúde da população e a divisão
de terras e rendas. Sem ideais alicerçados na busca sincera de uma sociedade
equânime e feliz, procuram, na realidade, compensar suas emoções de inveja mal
elaboradas e guardadas desde a infância, difícil e carente, vivida no mesmo
ambiente de indivíduos ricos e prósperos.
Tanto é verdade que a maioria desses defensores do
povo, quando alcança os cumes sociais e do poder, esquece-se completamente das
suas propostas de justiça e igualdade.
Eis alguns sintomas interiorizados de inveja que
podemos considerar como dissimulados e negados:
- perseguições
gratuitas e acusações sem lógica ou fantasiadas;
- inclinações superlativas à elegância e ao
refinamento, com aversão à grosseria;
- insatisfação permanente, nunca se contentando com
nada;
- manifestação de temperamento teatral e pedantismo
nas atitudes;
- elogios afetados e amores declarados
exageradamente;
- animação competitiva que leva à raias da
agressividade.
O caráter invejoso conduz o indivíduo a uma imitação
perpétua à originalidade e criação dos outros e, como conseqüência lógica, à
frustração. Isso acarreta uma sensação crônica de insatisfação, escassez,
imperfeição e perda, além de estimular sempre uma crescente dor moral e
prejudicar o crescimento espiritual das almas em evolução.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google
2 comentários:
Pois é, amiga Denise, precisamos crescer e evoluir muito!
Um abraço. Tenhas uma tarde abençoada.
Vixe! Derivando para a política, fica quase impossível
destacar alguém. É uma massa tão homogênea...
Beijos.
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