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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 5 de maio de 2017

MORTE E CONSCIÊNCIA II

                A consciência libera a realidade do ser em profundidade, que compreende as naturais alterações dos fenômenos biológicos, que são instrumentos para o seu progresso espiritual.
                Desentorpecida dos anestésicos atávicos do instinto de conservação, que remanescem do primarismo animal, penetra na estrutura da vida, descobrindo a causalidade existencial que é o espírito, independente dos mecanismos orgânicos, que usa com finalidades específicas e abandona quando encerrada a atividade que se lhe faz necessária.
                Graças a tal entendimento, desenvolve recursos preciosos e desvela atributos que lhe dormem nos refolhos, abrindo-se a valores imperceptíveis que o fascinam, em detrimento daqueloutros que são necessários ao trânsito carnal e devem permanecer no teatro terrestre onde se originam.
                A consciência da morte, com as consequentes ações preparatórias para o traspasse, favorece o ser com harmonia interior e segurança pessoal.
                A lucidez em torno dos deveres propele a criatura ao burilamento íntimo, e, ao fazê-lo, descobre que o amor é a fonte inexaurível de recursos para facultar-lhe o tentame.
                O amor que se expande liberta-o das paixões escravizadoras que perturbam e infelicitam.
                Se já podes conscientizar-se da proximidade do fenômeno da morte, que é transformação em tua existência, estás em condições de crescer e planar acima das vicissitudes.
                Vive então o périplo orgânico, conscientemente, usando o corpo com finalidade elevada, porquanto ao chegar o momento da tua morte deixarás a massa material como borboleta ditosa que, após a histogênese, voa feliz nos rios suaves do infinito.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis      
imagem: google 

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