A consciência libera a realidade
do ser em profundidade, que compreende as naturais alterações dos fenômenos
biológicos, que são instrumentos para o seu progresso espiritual.
Desentorpecida dos anestésicos
atávicos do instinto de conservação, que remanescem do primarismo animal,
penetra na estrutura da vida, descobrindo a causalidade existencial que é o
espírito, independente dos mecanismos orgânicos, que usa com finalidades
específicas e abandona quando encerrada a atividade que se lhe faz necessária.
Graças a tal entendimento,
desenvolve recursos preciosos e desvela atributos que lhe dormem nos refolhos,
abrindo-se a valores imperceptíveis que o fascinam, em detrimento daqueloutros
que são necessários ao trânsito carnal e devem permanecer no teatro terrestre
onde se originam.
A consciência da morte, com as
consequentes ações preparatórias para o traspasse, favorece o ser com harmonia
interior e segurança pessoal.
A lucidez em torno dos deveres
propele a criatura ao burilamento íntimo, e, ao fazê-lo, descobre que o amor é
a fonte inexaurível de recursos para facultar-lhe o tentame.
O amor que se expande liberta-o
das paixões escravizadoras que perturbam e infelicitam.
Se já podes conscientizar-se da
proximidade do fenômeno da morte, que é transformação em tua existência, estás
em condições de crescer e planar acima das vicissitudes.
Vive então o périplo orgânico,
conscientemente, usando o corpo com finalidade elevada, porquanto ao chegar o
momento da tua morte deixarás a massa material como borboleta ditosa que, após
a histogênese, voa feliz nos rios suaves do infinito.
Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna
de Ângelis
imagem: google
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