No final do primeiro ano, Miie voltou ao Japão por
alguns dias, e retornou ao Tibete com malas cheias de presentes. Quando a
professora viu o que ela tinha trazido, começou a chorar, e pediu que Miie não
voltasse mais a sua casa, dizendo:
- Antes, nossa relação era de igualdade e amor. Você
tinha teto, comida e tintas. Agora, ao me trazer estes presentes, você
estabelece uma diferença social entre nós. Se existe esta diferença, não pode
existir compreensão e entrega.
Fonte: Coluna Paulo
Coelho – Revista Bem-Estar
Encarte do jornal
Diário da Região – 02/03/2014
São José do Rio Preto
imagem: www.bordadoscuritiba.com.br
Um comentário:
Parece que as histórias que Paulo Coelho conta admitem duas interpretações, pelo menos.
Para mim, me parece exatamente o contrário: Compreensão e entrega têm que existir e manifestarem-se apesar de qualquer diferença social.
Não é a concessão de uma dádiva que impõe a subalternidade. Tenho amigos e lhes dou presentes, e isso não acaba com a amizade.
Beijos.
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