Embora esta seja apenas uma definição simplificada,
afinal, nosso objetivo não é de estudar a obsessão mas sim a contribuição da
queixa para este processo.
Estes perturbadores espirituais necessitam,
invariavelmente, de condições favoráveis para estabelecer estes processos, onde
destacamos novamente a lei de sintonia.
Criaturas perturbadas nada podem influenciar pessoas
felizes, sejam encarnadas ou não. Dentro desta visão, a queixa é fator
fundamental para estabelecer este processo. Quando reclamamos de nossa vida com
constância, nos oferecemos a estes obsessores numa bandeja de prata, ou seja,
com relativa facilidade pois, ao lamentarmos da realidade à nossa volta,
geramos um clima favorável à instalação da sintonia perniciosa.
Na maior parte dos processos onde nos sentimos
vítimas dos espíritos, em verdade somos os provocadores dos processos de
desequilíbrio. Lamentar dos acontecimentos da vida é sempre uma postura de não
aceitação, o que gera uma reação imprópria à saúde mental e, evidentemente,
espiritual.
Uma coisa é a existência do espírito obsessor, outra
é estar obsediado. A primeira é uma situação natural pelo nosso estado
espiritual atual, já, para a segunda, é necessário que perturbador e perturbado
comunguem do mesmo nível mental.
Quanto mais reclamamos, mais nos fragilizamos para
que estes processos se instalem e é por isso que o dito popular diz: desgraça
nunca vem sozinha... Exatamente porque, ao reclamarmos de uma situação infeliz,
atraímos outra ou, pelo menos, nos colocamos vulneráveis.
Passamos a ser presas fáceis às investidas das
entidades menos felizes, que se sentem confortáveis a permanecer conosco,
alimentadas pelas nossas irradiações mentais de abatimento moral.
Muitas vezes, mesmo as doenças patológicas têm sua
situação agravada pela queixa, pois mina as forças da criatura que já está
doente e faz com que os recursos e medicamentos utilizados tenham seu efeito
comprometido.
Em suma, sempre que utilizamos da queixa nos
colocamos como alvos fáceis para sermos atingidos por outras perturbações e
assim, devemos sempre estar conscientes de nossas responsabilidades dentro de
tudo que ocorre conosco.
Do livro: Terapia
Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
imagem: www.machadoantiguidades.com.br
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