A vida moderna nos impõe inúmeras obrigações e
deveres. Grosso modo, uma existência bem aproveitada implica em administrar com
proficiência problemas e dificuldades de toda sorte. Jesus – nosso modelo e
guia – e outros expoentes da espiritualidade convivem com labores altamente
complexos e desafiadores. Se o Pai Celestial trabalha, como asseverou o Mestre
outrora, “eu trabalho também” (João 5:17), deixando entrever a pesada carga de
responsabilidades advindas da sua sublime missão de educador dos corações humanos.
Portanto, não podemos, então, de nossa parte, esperar algo substancialmente
diferente. À medida que evoluímos mais deveres abraçamos. Uma força incoercível
nos compele a dar, entregar e a compartilhar mais de nós mesmos. Passamos a
perceber, enfim, que somos muito menos que uma gota – e estou sendo generoso –
do oceano.
No entanto, dada a nossa precariedade cognitiva e
considerando as paisagens de sofrimento e destruição que, infelizmente ainda,
caracterizam a Terra, temos a obrigação individual de nos autoiluminarmos para
transformá-la uma das belas moradas da casa do Pai. E tal desiderato não pode
ser atingido sem o esforço pessoal de nos alfabetizarmos espiritualmente. Dito
de outra maneira, a criatura humana necessita urgentemente educar a sua própria
alma. São raros aqueles que, concomitantemente às exigências da vida moderna –
onde sempre predominam as coisas de natureza material -, dão também atenção aos
assuntos de origem transcendental. Aliás, se tivéssemos a curiosidade de
averiguar quanto do nosso tempo é despendido em coisas ligadas à matéria ou de
importância duvidosa, ficaríamos estarrecidos.
De maneira similar, necessitamos dar mais atenção à
educação do espírito. Nós necessitamos aprender a desenvolver uma profunda
liberdade interior e consciência para nos tornarmos mais alertas
espiritualmente. A capacidade para espiritualidade está presente em todos os
seres humanos, mas necessita ser ativada e realizada. Isso significa que tem de
ser ensinada de algum modo, e isso requer novos enfoques para a educação
espiritual.
Anselmo Ferreira
Vasconcelos
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – setembro/2014
imagem: google
Um comentário:
Agora me dei conta de que, se estou num planeta
onde grande parte dos habitantes ainda nem
percebe que existe uma dimensão espiritual
(não é missão, eu sei),
é que estou atrasado pra caramba!
Preciso aulas de reforço!
Beijos.
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