No que tange aos meios para facultarem a cessação do
sofrimento, as ações meritórias, conforme já enfocadas, são preponderantes,
destacando-se aquelas inabituais, que caracterizam os temperamentos nobres, os
sentimentos abnegados.
Distinguir-se através dos gestos incomuns,
desconhecidos, é forma de buscar a iluminação mediante o concurso da realização
de tudo quanto internamente se conjuga para esse fim.
Quem acumula um tesouro tem em mente aplicá-lo em
finalidades específicas. Se portador de sabedoria, pensa em multiplicá-lo ao
tempo que o investe, escolhendo os empreendimentos mais rentáveis, seja do
ponto de vista econômico, assim como de retribuição emocional. Com essa atitude
promove o progresso, gera oportunidades de serviço e dignifica as vidas que
antes estavam sob a ameaça do desespero e da inutilidade.
Da mesma forma, os recursos espirituais e emocionais
elevados devem ser canalizados para as atividades incomuns, superiores, as
quais nem todos se atrevem realizar.
As ações incomuns variam desde os contributos
materiais valiosos, irrigados de amor e de ternura até os gestos
extraordinários do silêncio ante ofensas, do perdão às agressões e do esquecimento
do mal.
Todo aquele que dilui as forças negativas que teima
por obstruir-lhe o avanço, utilizando-se do detergente do amor, evita
contaminar-se, e se já visitado por elas liberta-se, fazendo com isso que
cessem as causas e desapareçam os sofrimentos.
O campo mental indefeso faculta eu as farpas do mal
aí proliferem, infestando a área com resíduos pestíferos, responsáveis por
males incontáveis.
A defesa, em relação aos fatores perniciosos, é
somente possível quando a irradiação de energias saudáveis vitaliza a
organização psíquica, que reflete as aspirações do espírito, resguardando-a das
agressões externas. Não gerando pensamentos destrutivos nem acumulando
vibrações perturbadoras de ódio, medo, ciúme, rancor, mágoa, concupiscência,
não se faz vítima dos conteúdos internos degenerativos.
Esse estado interior impulsiona aos atos incomuns
superiores, passo próximo da iluminação.
Somente iluminando-se o homem supera todas as dores;
erradicando-lhes as causas, resguarda-se de agressões destrutivas.
A iluminação resulta do esforço da busca íntima do
ser profundo, opção de sabedoria que é, em relação ao ego que prevalece no
mapeamento das aspirações humanas mais imediatas, portadoras de distúrbios
vitais e fragorosas derrotas na luta, que é a breve existência corporal.
O desenvolvimento da chama divina imanente em todos
os seres merece todos os sacrifícios e empenhos, a fim de que arda em todo o
seu esplendor, vencendo as teimosas sombras, que são a herança demorada das
experiências nas faixas primitivas do processo inicial da evolução.
A verdadeira iluminação promove o homem que,
superando as contingências-limite da estância carnal, anula todas as causas de
sofrimento, fazendo-as cessar. Já não necessita da dor para alcançar metas,
pois o amor lhe constitui a razão única do existir, em sintonia com o
pensamento divino que o atrai cada vez com mais vigor para a meta final.
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem:google
Um comentário:
Procuro iluminar minha mente, diuturnamente,
como se fosse dar uma aula amanhã.
Mas, a maioria das situações me impõe
ministrar a aula a mim mesmo.
Ai, ai ,ai, só espero aprender!
Beijos.
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