Existem duas formas de encarar o sofrimento: com a
revolta ou a compreensão. A revolta faz com que soframos ainda mais. Já a compreensão
alivia o sofrimento. Partindo do pressuposto de que somos inteiramente
responsáveis pelo nosso sofrimento, a compreensão será também um aprendizado
que nos levará à prevenção de sofrimentos futuros, além de ser um contraste da
felicidade.
No “Sermão da Montanha”, Jesus nos diz:
“Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados”. Ao fazer essa afirmação,
Jesus demonstra a importância das aflições para atingir a nossa maturidade
psicológica. Bem-aventurados significa felizes, e ninguém ficará feliz se
estiver envolvido em revolta.
A revolta é prova de orgulho. Mas como podemos ser
orgulhosos nós que somos tão pequenos? Uma simples gripe é capaz de nos matar.
É por isso que a aflição é uma professora e, se prestarmos bastante atenção em
suas aulas, seremos consolados.
A partir do momento em que assumo a total
responsabilidade pelos atos cometidos no passado, e que deram origem a atual
aflição, não os cometerei mais ou pelo menos evitarei cometê-los. Terei
atitudes exatamente contarias à que tenho vivido até então e, dessa forma, me
livrarei daquela aflição.
Um outro elemento fundamental para os momentos de
aflição é a confiança em Deus e fé no futuro, ou seja, ter a convicção de que
estamos na Terra de passagem e que tudo aqui é provisório. O sofrimento é
provisório e tão logo passará, assim que retirarmos a lição de que necessitamos
dele.
Mas, às vezes, temos dificuldade de identificar as
causas das aflições e sofremos por isso. Nesses momentos, é necessário
aceitarmos a condição de seres frágeis que somos e buscarmos a ajuda do
Altíssimo.
Os católicos buscam esta ajuda de forma interessante.
Ajoelham-se para orar. Este é um ato de humildade pois para ajoelharmos é
necessário dobrar a nossa crista. Temos que nos colocar abaixo de Deus. Ao
ficar de joelhos, um centro de energia que fica em nossa cabeça se abre.
Aberta a nossa mente, a Mensagem Divina penetra em
nosso ser, tudo fica claro e nosso espírito protetor dará todas as instruções
de que precisamos para sair daquela situação. “Bem-aventurados os aflitos,
porque eles serão consolados”. Nosso espírito protetor é nosso guardião, nunca
nos abandona. Ele representa a presença de Deus em nossa vida mas, quantas
vezes nós fechamos a nossa mente para os conselhos que Ele tenta nos inspirar?
Do livro: Terapêutica
do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google
Um comentário:
Oi Denise!
Magnífico texto para reflexão! Que, diante da provação, possamos ter o entendimento e a sabedoria necessários para enfrentá-la e reagir de forma positiva, pois nada nos acontece por acaso, somos os únicos responsáveis por nossos atos e pelo resultado deles. Tudo é aprendizado para nossa evolução e aprimoramento moral e espiritual. Busquemos força, equilíbrio e paz interior através da fé, da oração e do amor.
Beijo grande e boa semana !
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