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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A DOR


                É muito difícil abordar o tema dor. Isso porque cada um sofre de acordo com suas necessidades e encara o sofrimento segundo o seu patrimônio moral, cultural e religioso. O sofrimento é uma vicissitude da vida e que pode ser de duas espécies: a primeira advinda de uma causa na vida presente e, a segunda, herdada de vidas passadas. Estamos conscientes de que o espírito sofre, quer no mundo material, quer no espiritual, a conseqüência das suas próprias imperfeições. Independente de ser agora ou de ontem, o importante é saber que todo o padecimento na vida corpórea é sempre oriundo da nossa imperfeição. Então, se a carga leve ou pesada e nossos sofrimentos é, na verdade, resultado de faltas cometidas na exist~encia presente ou nas precedentes, para que essas inquietações sirvam de reajuste à alma, temos o dever de transformá-las em testemunhos de fé. Conduzindo-nos ao reajuste, a dor é o grande e abençoado remédio que nos reeduca a atividade mental, reestruturando o nosso perispírito. Não é incorreto afirmar que, depois do poder de Deus, apenas a dor e os sofrimentos são as únicas forças capazes de alterar o rumo dos nossos pensamentos, determinando-nos a buscar às modificações indispensáveis.
                Assim, diante desatas colocações, ninguém, em são consciência, se atreveria a dizer como se deve fazer para evitar a dor. Ela é inevitável, pois que é o imperativo da evolução. Entretanto, é preciso saber encará-la, desde que se tenha em conta de que a medida de um não serve para o outro. A dor de cada um é um fato muito particular. Mas como encarar a dor e o sofrimento? Deus nos deu uma ferramenta extraordinária para isso: a Doutrina Espírita. O espiritismo nos ensina que este é um plano de provas e expiações e não de castigo e condenações. Ou seja, que a dor e a dificuldade não são eternas e que, se tivermos fé e perseverança, o amanhã vai ser melhor.
                Para nós, o tempo tem início, mas, não tem fim, posto que somos imortais. Sabemos que esta vida é apenas um pedacinho da vida espiritual. Para que tivéssemos força para enfrentar os sofrimentos enquanto encarnados, é que Jesus nos prometeu um consolador. Ao nos inteirarmos dos assuntos espirituais, passamos a compreender as dificuldades como ferramentas para testar a nossa fé, a nossa resignação, o nosso aprendizado. São as provas, as sabatinas, os testes a que somos compelidos, visto que nos encontramos na escola da vida. A dor da expiação serve para resgatarmos dívidas antigas, para que possamos prosseguir na senda da evolução. Leon Denis escreveu que a dor é a grande amiga a zelar pela espécie humana, junto dela exercendo missão elevada e santa. Estendendo sobre as criaturas suas asas, úmidas sempre do orvalho regenerador das lágrimas, a dor corrige, educa, aperfeiçoa, exalta, redime e glorifica o sentimento humano a cada vibração que lhe extrai através do sofrimento.
                Há de se deixar claro que a doutrina não exalta, nem  enaltece e, muito menos, determina a dor como programa obrigatório de sofrimento na vida encarnada. Na realidade, o espiritismo pura e simplesmente nos faz compreender a dor e suas causas, ao nos esclarecer que se não nos transformamos pela prática espontânea do amor incondicional, a dor virá nos visitar, nas não para punir, mar para nos despertar. É a história do pastor: quando uma ovelha se desgarra, ele a busca; se ela foge de novo, ele torna a buscar; porém, se ela reincide, aí ele manda o cão. Se não podemos evitá-la, podemos encará-la através de uma receita mágica, que está explícita no Livro dos Espíritos: Dome o homem as suas paixões animais, não sinta ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo orgulho e purifique sua alma pelos bons sentimentos que faça o bem e dê ás coisas deste mundo a importância que elas merecem, então, mesmo estando encarnado, já estará depurado, liberto da matéria e quando deixar seu corpo não mais lhe suportará as influências.

Orlando Ribeiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – setembro/2012


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Um comentário:

Anônimo disse...

Temos que encarar a dor de todos os tipos com fortaleza de espírito e fé.


Muitas dores são induzidas por nós mesmos.

Òtima semana dePaz Profunda,Denise.


Donetzka