Havia um
homem muito rico, que possuía muitas terras. Centenas de escravos trabalhavam
nelas.
Grandes e
muitas eram as plantações de trigo. Muito bem preparados eram também os campos
em que os escravos cuidavam da cultura do centeio, da cevada e da ervilha. Os
vinhedos se estendiam pela planície imensa. E os pastos verdes, onde os rebanhos
se multiplicavam, iam até as montanhas distantes...
E cada vez
mais o homem se enriquecia. Exportava seus produtos para os países vizinhos.
Os mercadores de Tiro, de Sidon, de Esmirna e de Damasco estavam sempre em sua
casa, realizando e combinando grandes negócios...
O rico
fazendeiro havia mandado construir grandes depósitos para suas colheitas. Mas,
os celeiros, embora enormes, já eram insuficientes para armazenar os frutos de
seus campos de cultura...
Um dia, ele
pensou: “Que farei? Os celeiros já estão pequenos... Não tenho mais onde
recolher tantos frutos...”
E preocupado
com suas colheitas, cada vez maiores, resolveu derrubar os celeiros e
construir outros muito maiores...
Mandou
chamar os melhores construtores do país e foram edificados vários celeiros
gigantescos.
E o grande
agricultor ficou satisfeito quando contemplou, finalmente, as novas e imensas
construções em sua rica e bem cuidada fazenda. Agora estava tranqüilo. Os
celeiros eram enormes e neles caberia toda a produção de seus campos...
Disse aos amigos, aos construtores e
aos servos:
— Agora poderei viver tranqüilo
muitos anos... Os celeiros podem armazenar todas as colheitas e tão cedo não
será preciso aumentá-los. Posso agora, finalmente, viver sossegado e pensar
somente na exportação dos produtos...
E à noite, muito satisfeito, antes
de deitar-se, ao invés de orar, raciocinava e dizia a si mesmo: “O alma! Tens
em depósito muitas riquezas, para muitos e muitos anos! Descanse, come, bebe,
alegra-te.
E o rico deitou-se, muito orgulhoso
de sua fortuna, confundindo corpo e alma, tão grande era sua ignorância das
coisas espirituais... Deitou-se sem um pensamento para Deus. Só imaginava que
poderia, daquele dia em diante, viver sem preocupações, pois teria riquezas
acumuladas para muitos anos...
Assim pensava o rico, mas, Deus
pensava de outra maneira.
O rico pensava que era inteligente,
mas, Deus achava que ele era simplesmente um homem sem juízo...
E nessa mesma noite, após a
inauguração dos celeiros e os pensamentos de orgulho do rico, Deus disse: Insensato, esta noite tua alma será chamada;
e o que tanto juntaste para quem será?
E sem que ninguém soubesse como, nem
a que hora, nessa noite o rico morreu, sem um gemido e sem uma prece, no seu
leito luxuoso...
Seus
planos de tranqüilidade para o futuro foram inúteis. Ele não sabia que o
futuro pertence somente a Deus... De nada lhe valeram os celeiros recheados de
frutos e cereais. Inútil foi juntar tanta riqueza, sem nunca haver pensado em
Deus nem nas necessidades do próximo. Morreu sem fé e sem humildade no
coração. Suas riquezas de nada lhe valeram na Pátria Espiritual, porque ele
nunca as utilizou para o bem dos outros. O que tem valor na Eternidade ele
não possuía, porque nunca havia juntado “tesouro no Céu”, mas, somente na
terra...
“Assim é aquele — diz Jesus,
terminando a Parábola — que, para si, junta tesouros e não é rico para com Deus
(Lucas, capítulo 12,
versículos 6 a
21)
*
O rico era um homem avarento: só
pensava em juntar riquezas materiais. Só se preocupava em aumentar sua
fortuna. Nunca pensou que pudesse ser chamado para a Eternidade,
repentinamente. É que ele só confiava no dinheiro. Não pensava em Deus, nem na
vida futura, nem nas necessidades dos pobres e dos escravos de sua fazenda. O
poder que governa o mundo está nas mãos de Deus, mas, ele pensava que estava na
força do seu dinheiro.
Que resultou dessa insensatez, dessa
grande falta de juizo? A morte o colheu de repente e seu espírito penetrou no
Mundo Invisível nas piores condições, cego e sem luz. Sabe por que? Porque não
se preparou espiritualmente para a existência no Além; porque, não havia
bondade em seu coração, nem possuia fé em Deus, nem conhecia as leis da Vida
Superior.
É preciso evitar toda a avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na
abundância das coisas que possui.
Do livro: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES
2 comentários:
O avarento só pensa em guardar e não vive os momentos felizes que Deus proporciona.
Julga_se imortal!E somente Deus sabe quando partiremos para outro plano.
Amei a parábola,Denise.
Vc está linda na foto!
Bjs e linda quita
Donetzka
DonetzkaTextoseImagensLindas
Denise, amei seu blog, já estou seguindo !!!
Bjs de luz
Sabrina
http://meucantinhorefugiodepaz.blogspot.com.br/
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