Certa vez,
um homem rico, grande proprietário, teve necessidade de deixar sua pátria e
viajar pôr outros paises.
Chamou,
então, seus servidores de confiança e lhes entregou seus bens, a fim de que
negociassem com as quantias que lhes eram entregues.
Ao primeiro
servo deu cinco talentos (*), que correspondem em nossa moeda a mais de cem
mil reais. Ao segundo entregou dois talentos e ao terceiro, um talento.
Ele fez essa
distribuição de acordo com a capacidade de cada servidor. E depois seguiu para
viagem.
O primeiro
foi imediatamente negociar com os talentos e, nos vários negócios que fez,
conseguiu ganhar outros cinco talentos.
O segundo
fez o mesmo e conseguiu de lucro mais outros dois talentos.
O terceiro
servidor, porém, em lugar de multiplicar seu dinheiro realizando negócios,
como os outros dois, saiu da casa do senhor e foi para sua residência. E, no
fundo do quintal, enterrou a moeda de ouro que o grande proprietário lhe havia
passado às mãos.
Decorrido
algum tempo, o senhor voltou do estrangeiro para sua pátria. Chegando a casa,
chamou aqueles servidores para ajustar contas com eles.
Compareceu o
primeiro à presença do seu amo. E falou:
— Senhor, entregaste-me cinco
talentos. Negociei com eles, como ordenaste, e consegui multiplica-los com
meu trabalho honesto, conseguindo outros cinco. Aqui estão, meu senhor, os dez
talentos que te pertencem.
Disse-lhe o proprietário, em
resposta:
— Muito
bem, servo bom e fiel. Já que foste fiel no pouco que te confiei, de agora em
diante eu te confiarei negócios maiores e mais importantes. Estarás sempre comigo,
ao meu lado, e gozarás da minha felicidade e bem-estar.
Chegou o segundo servidor e disse
também:
Senhor, entregaste-me dois talentos.
Também negociei com eles, como mandaste e consegui multiplicá-los igualmente,
com meu esforço honesto, conseguindo outros dois. Aqui estão, meu senhor, os
quatro talentos que te pertencem.
— Muito
bem, servo bom e fiel. Já que foste fiel no pouco que te confiei, de agora em
diante eu te confiarei também negócios maiores e mais importantes. Estarás ao
meu lado, sempre comigo, e gozarás também, como teu companheiro, da minha
felicidade e bem-estar.
Chegou, por fim, o terceiro
servidor, que havia recebido um só talento. E disse ao seu patrão:
— Senhor,
eu te conhecia e sempre soube que és um homem duro e severo, que gostas de
colher onde não semeastes e recolhes o trabalho dos outros. Por isso, tive medo
de ti e de tua justiça. E, por medo, escondi o teu talento na terra, mas, hoje
desenterrei tua moeda. Aqui está, senhor, o que te pertence.
O proprietário, porém, lhe
respondeu:
— Servo
mau e preguiçoso, por que me ofendes assim? Por que imaginas que eu gosto de
colher onde não semeei e me agrada explorar o trabalho alheio? Se assim
julgavas, por que não puseste, pelo menos, o dinheiro no banco, para render
juros, já que não querias multiplicá-lo com teu trabalho?
E chamando outros servidores de sua
casa, continuou:
— Tirai-lhe o talento e dai-o ao que
tem dez talentos. A todo aquele que tem ainda, mais se dá e ele terá em
abundância; mas , ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Lançai o
servidor inútil fora do meu palácio, onde há lágrimas, fome e revolta, sem as
alegrias que provém do trabalho honesto e fiel.
(Mateus, capítulo 25º,
versículos 14 a
30)
*
Esta parábola, é uma imagem do Reino
de Deus. Nesse Reino, que abrange o Universo inteiro, cada alma, por mais
pobre e pequenina que seja, tem uma determinada tarefa ou missão.
Deus dá a cada um de nós uma tarefa, maior ou menor, segundo a capacidade de cada alma. Isso é o
que significa a distribuição diferente dos talentos. Mas, Deus quer que nós multipliquemos os nossos talentos e não que os enterremos,
como fez o servidor preguiçoso, que mereceu também o qualificativo de mau.
Nossos talentos, são as
possibilidades que toda alma possui de fazer algum bem no mundo. Você também
recebeu de Deus cinco, ou dois, ou um
talento, isto é, você pode fazer algum bem neste mundo: ajudando, sendo
prestativo e bondoso para todos, fazendo algum serviço comunitário, auxiliando,
conforme suas posses, os pobres, os órfãos, os tristes... Há tantas almas sofredoras
e necessitadas no mundo!...
Os seus
talentos são o seu conhecimento, a sua bondade, o seu dinheiro, a
sua boa vontade para ajudar a quem sabe ou pode menos que você. Tudo que você
possui ou sabe é um talento que
Deus confiou a ti, a fim de que seu coração e sua inteligência o multipliquem
em favor dos pobres, dos sofredores e dos necessitados do mundo.
Não imite o
terceiro servidor, que enterrou seu talento.
Não negue sua cooperação a todos que te rodeiam. Não enterre seus talentos.
Se você
cumprir seu dever de trabalhar no bem, nas
pequeninas coisas, creia que a Parábola se cumprirá na sua vida: o
Senhor Jesus confiará à sua alma tarefa maiores no Seu Reino e você gozará de
Sua Perfeita Alegria, na grande felicidade de trabalhar com Ele em favor da
regeneração de nosso mundo.
Do livro: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES
4 comentários:
Amiga Denise, é muito bom vir aqui. Um abraço. Tenhas uma linda semana.
Lindo demais,Denise!
Que pérola de postagem!
Parabéns,amiga!
Bjs e Paz Profunda
Donetzka
Esta, é uma das mais interessantes parábolas... para mim! Também é muito simples, fácil,para qualquer pessoa entender.
Digo assim, porque há parábolas com muitas metáforas, um tanto complicadas na linguagem. Ficando difícil, portanto, para ser interpretada, nas "entrelinhas"...
Um abraço, Denise.
Muita paz!
Denise.Obrigada pelo comentário sobre meu texto "Minha Alma gêmea".
Contudo,peço que o releia,pois quase no final do texto digo:
"Nós nos escolhemos antes de nascermos!"
Pelo seu comentário parece-me que não leu essa sentença.
Muita Paz
Donetzka
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