A ansiedade é uma das
características mais habituais da conduta contemporânea.
Impulsionado ao competitivismo da sobrevivência e esmagado
pelos fatores constringentes de uma sociedade eticamente egoísta, predomina a
insegurança no mundo emocional das criaturas.
A preocupação de parecer triunfador, de responder de forma semelhante aos demais, de ser bem recebido e considerado é responsável pela
desumanização do indivíduo, que se torna um elemento complementar no grupamento
social, sem identidade, nem individualidade.
A ansiedade tem manifestações e limites naturais, perfeitamente
aceitáveis.
Quando se aguarda uma notícia, uma presença, uma resposta,
uma conclusão, é perfeitamente compreensível uma atitude de equilibrada
expectativa.
Ao extrapolar para os distúrbios respiratórios, o colapso
periférico, a sudorese, a perturbação gástrica, a insônia, o clima de
ansiedade torna-se um estado patológico a caminho da somatização física em
graves danos para a vida.
O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu
autodescobrimento.
Não apenas identificação das suas necessidades, mas, principalmente,
da sua realidade emocional, das suas aspirações legítimas e reações diante das ocorrências
do cotidiano.
Mediante o aprofundamento das descobertas íntimas, altera-se
a escala de valores e surgem novos significados para a sua luta, que contribuem
para a tranqüilidade e a autoconfiança.
Não há, em realidade, segurança enquanto se transita no
corpo físico.
A ansiedade trabalha contra a estabilidade do corpo e da
emoção.
A análise cuidadosa da existência planetária e das suas
finalidades proporciona a vivência salutar da oportunidade orgânica, sem o
apego mórbido ao corpo nem o medo de perdê-lo.
Os ideais espiritualistas, o conhecimento da
sobrevivência à morte física tranqüilizam o homem, fazendo que considere a
transitoriedade do corpo e a perenidade da vida, da qual ninguém se eximirá.
Apegado aos conflitos da competição humana ou deixando-se
vencer pela acomodação, o homem desvia-se da finalidade essencial da
existência terrena, que se resume na aplicação do tempo para a aquisição dos
recursos eternos, propiciadores da beleza, da paz, da perfeição.
Propalando-se que as conquistas morais fazem parte das
instituições vencidas — matrimônio, família, lar — os apaniguados da loucura
crêem que aplicam, na velha doença das proibições passadas, uma terapêutica
ideal. E olvidam-se que o exagero de medicamento utilizado em uma doença, gera
danos maiores do que aqueles que eram sofridos.
A sociedade atual sofre a terapia desordenada que usou na
enfermidade antiga do homem, que ora se revela mais debilitado do que antes.
São válidas, para este momento de ansiedade, de insatisfação,
de tormento, as lições do Cristo sobre o amor ao próximo, a solidariedade
fraternal, a compaixão, ao lado da oração, geradora de energias otimistas e da
fé, propiciadora de equilíbrio e paz, para uma vida realmente feliz, que baste
ao homem conforme se apresente, sem as disputas conflitantes do passado, nem a
acomodação coletivista do presente.
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
4 comentários:
Foi com muito carinho que li sua postagem já li vários livros de Kardec, muito me impressionou.
Gosto muito de ler sobre essa doutrina que entendo mais que uma filosofia não uma religião.
O texto postado é muito interessante
principalmente para mim com uma grande curiosidade , mais com reverencia a quem segue o espiritismo.
Uma linda semana beijos,Evanir.
Denise querida, adorei esta leitura, preciso aprender a controlar a ansiedade, pois isso se reflete muito no meu físico. Excelente esta leitura!!
Que sua semana seja iluminada!!
Beijos!!♥
Nesses momentos de ansiedade sem uma causa faz-se mister orar muito relaxando corpo,mente e espírito.
A ansiedade é um dos maiores males atuais e degenera nosso corpo e alma.
Beijos nesta segunda em que delicio-me em seu blog novamente.
Paz Profunda,amiga Denise.
Donetzka
Leitura muito proveitosa. Se tiver livros, artigos, o que for sobre o tema para indicar ficarei agradecida. Estou precisando de orientações sobre o assunto. Obrigada e parabéns pelo trabalho.
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