Meu amigo, no vasto
caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição
evolutiva.
A abelha suga a flor, o
abutre reclama despojos, o homem busca emoções.
Mas ainda mesmo no
terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.
Há sofredores
inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se
enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante
séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a
piedade alheia, sob a qual se comprazem.
Temos os ironistas e
caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se
alimentam.
Observamos os
discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher
contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos
enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com
a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do
mundo, há quem se nutra de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de
revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus,
porém - aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da
experiência transitória -, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear
o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros
que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram
escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele, não há
palavras de revelação sibilina.
Traduz, simplesmente,
um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de
imortalidade.
Não é exortação, nem
profecia.
É apenas convite.
Convite ao trabalho
santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina,
queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a
usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos
da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio,
aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da
Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do
mundo.
Brilhe vossa luz! -
proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! -
repetimos nós.
Fonte: Vinha de Luz –
Chico Xavier/Emmanuel
Um comentário:
Amiga Denise, passando por aqui para ler os textos edificantes que tu postas. Um abraço. Tenhas uma linda semana.
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