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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 27 de março de 2014

RIGIDEZ II

           
               O excesso de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos. Poderemos ainda, no futuro, provocar em nós um sentimento de autopunição, pois estaremos usando para conosco o mesmo tratamento de austeridade e dureza. O arrependimento se associa à culpa, nascendo daí uma vontade de nos redimir pelos excessos cometidos, o que acarreta uma necessidade de expiação – o indivíduo se compraz com o próprio sofrimento.
                Nossos limites se expressam de maneira específica e ninguém pode exigir igualdade de pensamento e ação de outro ser humano. Respeitando nossa singularidade, aprenderemos a respeitar a singularidade dos outros e sempre cairemos no excesso, quando não aceitarmos nosso ritmo de crescimento, bem como o do próximo.
                A compensação é um dos métodos de defesa do ego e consiste num fenômeno psicológico que busca contrabalançar e dissimular nossas tendências inconscientes por nós consideradas reprováveis e que tentam vir à nossa consciência.
                Os excessos de todo gênero funcionam, na maioria das vezes, como disfarce psicológico para compensar nossas tendências interiores. Exageramos posturas e inclinações na tentativa de simular um caráter oposto.
                Atitudes exageradas de um indivíduo significam, quase sempre, o contrário do que ele declara.
                Excesso de pudor – compensação de desejos sexuais normais reprimidos.
                Excesso de afabilidade – compensação de agressividade mal elaborada.
                Excesso de alimentação – compensação de insegurança ou necessidade de proteção.
                Excesso de religião – compensação de dúvidas desmoralizadoras existentes na inconsciência.
                Excesso de dominação – compensação de fragilidade e desamparo interior.
                Atrás de todo excesso ou rigidez se encontra a não aceitação da naturalidade da vida, fora e dentro de nós mesmos.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: universocultural.wordpress.com

3 comentários:

Maysa disse...

Muito claro e interessante este texto cabe a nós pensarmos
forte abraço
elisa

Dilmar Gomes disse...

Amiga Denise, a gente desde criança ouve falar para ter cuidado com os excessos, mas não é muito fácil manter o equilíbrio devido ao nosso estágio evolutivo. Não sei porquê, ao ler o título deste post, lembrei-me de Machado de Assis, de uma passagem lá do Memórias Póstumas de Brás Cubas:"Deus nos livre de uma ideia fixa". Transpondo para cá, fiquei a dizer mentalmente, Deus nos livre dos excessos...
Um abração. Tenhas um fim de semana abençoado.

tesco disse...

Isso, isso, isso.
Não se pode criticar o deputado: "Vossa Incelença respeite a Minha Incelença como eu respeito a sua!"
É isso aí!
Beijos.