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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 8 de março de 2014

TROCAR DE VIDA I

               
                É possível que em alguns períodos de nossa vida, tenha-nos passado a ideia ou o desejo de ser outra pessoa. Até pelo impulso de ver sempre a vida dos outros mais agradável e feliz, evidentemente por um engano.
                Encontramos na questão 988 de O Livro dos Espíritos uma pergunta feita pelo Codificador que evidencia esta visão coletiva desde aquela época, ou seja, a visão de que a vida dos outros é melhor e mais fácil:
                - Há pessoas para as quais a vida se escoa numa calma perfeita; que, não tendo necessidade de nada fazer para si mesmas, estão isentas de cuidados. Essa existência feliz é uma prova de que elas nada têm a expiar de uma existência anterior?
                A resposta obedece a mesma clareza sempre atualizada dos espíritos.
                - Conhece-as bem? Se o crê, enganas-te. Frequentemente, a calma não é senão aparente. Podem ter escolhido nesta existência, mas, quando a deixam, percebem que ela não lhes serviu ao progresso e, então, como o preguiçoso, lamentam o tempo perdido. Sabei bem que o espírito não pode adquirir conhecimentos e se elevar senão pela atividade; se adormece na negligencia não avança.
                Ele é semelhante àquele que tem necessidade de trabalhar e que vai passear ou deitar com a intenção de nada fazer. Sabei, também, que cada um terá que prestar contas da inutilidade voluntária de sua existência; essa inutilidade é sempre fatal à felicidade futura. A soma da felicidade futura está em razão da soma do bem que se fez; a da infelicidade está na razão do mal e dos infelizes que se tenha feito.
                Parece até que a vida é como ir a um restaurante self service com um amigo. Pegamos nosso prato, vamos nos servimos e sentamos. Quando nosso amigo vem com o prato dele, percebemos que era aquilo que ele pegou que queríamos comer.
                Trocar de vida é sempre uma ilusão pois somos o que somos, independente da posição no cenário da vida. E, para nossa terapia, um passo importante é aprendermos a gostar de ser nós mesmos, com nossos defeitos e qualidades. Cultivarmos carinho pelo trabalho que estamos realizando em nossa própria vida, esculpindo nosso próprio crescimento moral.
                Viver não é nem fácil e nem difícil, apenas exige cuidados, afinal, toda facilidade é filha da ilusão e se queremos verdadeiramente nos colocar na condição de criaturas felizes, temos que ter a coragem de ousar vencer nossos sentimentos menores em favor de uma postura positivada.
                O bom mesmo é fazermos as pazes com a própria vida, falarmos bem de nós e dar-nos sempre a condição de tentar mais uma vez, diante dos nossos insucessos.

(continua)


Do livro: Terapia Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
imagem: www.comofazer.com.br

2 comentários:

Marlene disse...

Boa tarde amiga Denise lido texto
maravilhoso parabens pela postagem linda passei para dizer feliz dia
internacional da mulher um grande abraço bjs marlene

tesco disse...

Trocar de condições de vida com alguém não me passava pela cabeça, apenas com os super heróis dos quadrinhos. Sempre lembrando, porém, que eles eram ficção.
A vida real exige nosso esforço, e por isso é gratificante.
Beijos.