Não há como negar-se a
influência genética na evolução do ser, os impositivos do meio, dos costumes e
dos hábitos, entretanto, observa-se que o corpo reproduz o corpo, não a mente,
a consciência, que só o Espírito exterioriza.
A introdução do conceito reencarnacionista na Psicologia
dá-lhe dimensão invulgar, esclarecimento das dificuldades na argumentação em
torno do Inconsciente, dos arquétipos, individual e coletivo, estudando o
homem em toda a sua complexidade profunda e, mediante a identificação do seu
passado, facultando-lhe o descobrimento e utilização das suas possibilidades,
do seu vir-a-ser.
Nos alicerces do Inconsciente profundo encontram-se os
extratos das memórias pretéritas, ditando
comportamentos atuais, que somente uma análise regressiva consegue detectar,
eliminando os conteúdos perturbadores, que respondem por várias alienações
mentais.
No capítulo dos impulsos e compulsões psicológicas, o
passado espiritual exerce uma predominância irrefreável, que leva aos grandes
rasgos do devotamento e da abnegação, quanto à delinqüência, à agressividade,
à multiplicidade de personificações parasitárias, mesmo excluindo-se a
hipótese das obsessões.
Na imensa panorâmica dos distúrbios mentais, especialmente
nas esquizofrenias, destacam-se as interferências constritoras dos
desencarnados que se estribam nas leis
da cobrança pessoal, certamente injustificáveis, para desforçar-se dos
sofrimentos que lhes foram anteriormente infligidos, em outras existências,
pelas vítimas atuais.
Diante das ocorrências do déjà-vu, os remanescentes reencarnacionistas estabelecem
parâmetros sutis de lembranças que retornam à consciência atual como lampejos
e clichês de evocações, ressumando dos conteúdos da inconsciência — ou da
memória extracerebral, do perispírito — oferecendo possibilidades de
identificação de pessoas, acontecimentos, lugares e narrativas já vividos, já
conhecidos, antes experimentados... Desfilam, então, os fenômenos psicológicos
das simpatias e das antipatias, dos amores alucinantes e
dos ódios devoradores, que ressurgem dos arquivos da memória anterior ante o
estímulo externo de qualquer natureza, que os desencadeiam, tais: um encontro
ou reencontro; uma associação de idéias — a atual revelando a passada — uma dissensão
ou um diálogo; qualquer elemento que constitua ponte de ligação entre o hoje e
o ontem.
Excetuando-se os conflitos que têm sua psicogênese na
vida atual, a expressiva maioria deles procede das jornadas infelizes do ser
eterno, herdeiro de si mesmo, que transfere as fobias, insatisfações,
consciência de culpa, complexos, dramas pessoais, de uma para outra
reencarnação através de automatismos psicológicos, responsáveis pelo equilíbrio
das Leis que governam a Vida.
A morte é fenômeno biológico a transferir o ser de uma
para outra realidade, sem consumpção da vida.
Neste admirável amálgama da integração dos mais importantes
Insights das Doutrinas
psicológicas do Ocidente com as Tradições Esotéricas do Oriente, agiganta-se o
Espiritismo, pioneiro de uma Psicologia Espiritualista dedicada ao
conhecimento do homem integral, na sua valiosa complexidade — Espírito,
perispírito e matéria — ampliando os horizontes da vida orgânica, a se
desdobrarem além do túmulo e antes do corpo, com infinitas possibilidades de
progresso, no rumo da perfeição.
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: nasbrumasdamente.blogspot.com
Um comentário:
Ainda acho que pensar que o corpo seja capaz de gerar
o espírito é o mesmo que esperar que coqueiro produza
bananas.
Não posso conceber uma ideia dessas.
Beijos.
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