Bíblia vem do termo grego bíblia, cujos significados
podem ser tanto pequeno livro como, neste caso mais específico, coleção de
livros. Assim, precisamos compreender que a Bíblia Sagrada, é um conjunto de
livros que foram reunidos num único volume. Ela é dividida em duas partes: a
primeira, denominada Velho Testamento, congrega os textos sagrados do povo
hebreu, através dos livros A Lei, Os Profetas e Os Escritos. A Lei é um
conjunto dos cinco primeiros livros, escritos por Moisés: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio, também chamados de Pentateuco. Os Profetas
são divididos por textos sobre os chamados Profetas Maiores, que são: Josué,
Juízes, 1 – 2 Samuel e 1 – 2 Reis; e em Profetas Menores: Isaías, Jeremias,
Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Ageu,
Zacarias e Malaquias. Os Escritos são compostos dos livros: Salmos, Provérbios,
Jó, Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e
1 – 2 Crônicas.
Depois, graças ao surgimento e crescimento do
cristianismo no mundo antigo, foram incorporados às Antigas Escrituras os
textos que relatavam o nascimento e a vida de Jesus, complementados pelas ações
dos apóstolos e discípulos, as cartas dos primeiros lideres e ainda, um livro
profético. Trata-se do chamado Novo Testamento, cuja primeira parte seriam os
relatos dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João foram apóstolos do Mestre
Jesus e testemunhas oculares do que relatam, enquanto Marcos, denominado também
como João Marcos, só escreveu depois da crucificação de Jesus, baseado nas
lembranças do Apostolo Pedro, e Lucas, dileto discípulo de Paulo de Tarso,
baseou-se, principalmente, nas lembranças de Maria, mãe de Jesus.
Existe ainda o livro Atos dos Apóstolos, que começa
com o Pentecostes e segue atento à vida e às viagens de Paulo de Tarso,
abrangendo um período de 33 anos após a crucificação de Jesus. Posteriormente,
vem as Epístolas, textos doutrinários em forma de cartas, sendo as Paulinas
escritas por Paulo para as igrejas recém fundadas e também endereçadas aos
discípulos; enquanto que as Universais foram escritas por Tiago, Judas Tadeu,
Pedro e João Evangelista. Fecha o Novo Testamento, o Apocalipse de São João,
cheio de símbolos e visões proféticas relativas ao final dos tempos.
Com relação ao Velho Testamento, a Doutrina Espírita
divisa a Lei Mosaica, desmembrando-a em seus dois aspectos mais significativos.
O primeiro, é o aspecto divino das revelações à Moisés, fruto de sua
excepcional mediunidade. O segundo aspecto é a necessidade que o patriarca
possuía de disciplinar um povo rude, ignorante, escravo e miscigenado, o que
fez com que ele elaborasse um conjunto de leis divinas, para assegurar a paz e
a convivência. A divindade se revelou por intermédio dos Dez Mandamentos, que,
mais tarde, seriam a base para os direitos humanos em grande parte das
civilizações modernas. Este decálogo foi brilhantemente simplificado por Jesus,
quando disse que toda a lei e os profetas estariam contidos no axioma: Ama a
teu Deus sobre todas as coisas e ao próximo, como a ti mesmo. No outro viés, as
leis mosaicas regiam as relações ente os indivíduos do povo judeu, para tornar
possível a travessia do deserto e o início da vida na Terra Prometida, Canaã.
Desta forma, enquanto as leis divinas permanecem imutáveis,
as humanas, com o desenvolvimento das civilizações, vão se modificando. Assim,
na quase totalidade das nações, na não se apedrejam as mulheres adúlteras, nem
se exigem mais o sacrifício de animais para Deus e inúmeros outros ditames de
Moisés, cuja aplicação era adequada aos remotos tempos.
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – maio/2014
imagem: altorosario.blogspot.com
Um comentário:
Olá, querida Denise
Conhecer a Palavra de Deus é sabedoria de vida que não pode deixar de ser vivida... para o nosso próprio bem...
Bjm fraternal
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