ANDRÉ LUIZ
Divórcio,
edificação adiada; resto a pagar no balanço do espírito devedor.
Isso
geralmente porque um dos cônjuges veio a esquecer que os direitos nas
instituições domésticas somam deveres iguais.
A
Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, entremostrando os
remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que
marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.
Dois
espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução,
ambos portando necessidades e débitos, encontra-se ou reencontra-se no matrimônio,
convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo o esquema de obrigações
regenerativas.
Reincorporados,
porém, na veste física se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos
ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade
matrimonial quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia
como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.
Surgem,
no entanto, as realidades que sacodem a consciência.
O
tempo, que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a
ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões,
lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam
a experimentar fadiga e desânimo, quando mais se lhes torna necessária a confiança
recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimentos de valores
substanciais em favor da vida do espírito.
Descobrem,
por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E
construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes
aflições e lágrimas.
Auxiliemos,
na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e
concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
Compreendamos
aqueles que não puderam evitar o divórcio, porquanto ignoramos qual seria a
nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram
defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de
interesses da alma perante Deus.
Da Obra
“UApostilas da
VidaU” -Espírito:
André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier.
imagem: google
Um comentário:
Cara amiga Denise, realmente, para que o casamento perdure é necessário a união de esforços em prol do mesmo, quando surgir as dificuldades e cuidados de um para com o outro, quando tal se fizer necessário. Eis o testemunho de quem vive um casamento sólido há quase quarenta anos.
Um abraço daqui do sul. Tenhas uma semana abençoada.
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