Com os avanços da tecnologia e a corrida pelo
consumo, perdemos nossos objetivos básicos como seres humanos ou ainda não
acordamos para estes objetivos. Ficamos vivendo a vida animal como se não
tivéssemos senso moral.
A maioria de nós tem a vida resumida em comer, beber,
dormir e fazer sexo, a exemplo dos animais irracionais. Compramos o carro mais
caro e nos endividamos, como conseqüência aumentamos os conflitos nos
relacionamentos familiares.
Nos ausentamos do lar para acumular bens que alegamos
deixar para nossos filhos, porém, quantas vezes pela nossa ausência em casa,
criamos filhos indolentes que irão dilapidar o patrimônio que levamos a vida
inteira para construir, pensando neles .
O filósofo Gourdieff divide a consciência humana em
três níveis:
O primeiro nível ele chama de “consciência de sono”,
onde o ser está adormecido para sua realidade humana, vive a vida do instinto,
a vida dos animais. De acordo com o filósofo, a maioria da humanidade está
neste nível de consciência.
O segundo nível de consciência é chamado de
“consciência de sono, com sonhos”. Nesse nível temos pequenos ensaios de
despertamento. Começamos a fazer algo diferente da vida medícrre que levamos
porém não permanecemos, não perseveramos. Significa que não estamos despertos
mas apenas sonhado com a realidade.
No sono com sonhos pensamos que estamos despertos. É
apenas um ensaio para o despertar que só acontecerá mais tarde com a maturidade
psicológica, caminho obrigatório para todos os seres humanos.
O terceiro nível é o “despertar para si”. Em um
momento de nossas vidas simplesmente despertamos.
O despertar é pessoal e não depende de outrem para
que aconteça, é um tempo da própria pessoa que passa pelo processo.
O despertar é pessoal. Só despertamos quando é
chegado o nosso momento. O importante é caminhar feliz sem cobrar das pessoas
que estão ao nosso lado a mesma postura nossa, pois estas pessoas estão no tempo
delas.
Existe um quarto nível de consciência que
pouquíssimas pessoas conseguem atingir. É a “consciência cósmica”. Aqueles que
vivem no quarto nível se felicitam em fazer felizes os outros. Madre Tereza de
Calcutá dizia que era “amar de doer”. Elas geralmente se destacam na multidão
porque suas vidas são devotadas ao próximo.
São Vicente de Paulo dizia que se identifica o nível
moral de uma pessoa pelo seu desinteresse pessoal. Essas pessoas são totalmente
desinteressadas por si mesmas e dedicadas ao próximo.
Do livro: Terapêutica
do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google
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