“E
onde quer que ele entrava, fosse nas cidades, nas aldeias ou nos campos,
depunham os enfermos nas praças e lhe rogavam que os deixasse tocar ao menos na
orla de seu vestido; e todos os que nele tocavam, saravam.” — (MARCOS 6:56)
Não
raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a procurarem, de
qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de
evidência. Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de
grande alcance.
O
anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz,
constituem belos propósitos; no entanto, é recomendável que o aprendiz não se
entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas
cogitações com a cautela possível.
Ainda
aqui, o Mestre Divino oferece a melhor exemplificação.
Ninguém
reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto
Jesus. Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curassem de
enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a
visão aos cegos. Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e
ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em
benefício da própria situação. Havendo cumprido a lei sublime do amor, no
serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si
mesmo. A lição do Senhor é bastante significativa.
É
compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais,
recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que
esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e
aos homens, hoje ou amanhã.
Fonte: CAMINHO, VERDADE
E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER/EMMANUEL
imagem: google
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