Nós somos homo sapiens-sapiens, ou seja, homens que
sabem que sabe, isto é, somos dotados de consciência que significa um
desenvolvimento mental o qual nos permite estar no mundo com algum saber da
nossa realidade. Isso nos permite ter consciência de nós mesmos, bem como do
outro.
Ter consciência de si mesmo é quando nos concentramos
em nossos sentimentos e pensamentos para administrarmos os nossos atos. Ao
falarmos, expomos nossos pensamentos e sentimentos e, por conseqüência, criamos
e inovamos. Por isso, gostamos muito de ser ouvidos.
Alteridade vem do latim alter, que quer dizer o
outro, ou seja, alteridade em latim significa eu para o outro. Traduzindo:
concentrar-se na consciência do outro. Alteridade é compadecer-se da dor do
outro, não é ter pena, é emocionar-se com o outro.
Para que a alteridade aconteça, é necessário escutar
o outro para absorver o conteúdo que o outro traz e, desta forma, reformular,
rever, renovar a nossa forma de pensar. Imagine alguém que queira suicidar
porque está atolado em dívidas ir visitar um morador de rua, em uma cidade
grande, tentando dormir sem cobertor numa noite fria de inverno. Será que o
visitante continuará a tentar o suicídio?
Nós precisamos do outro para construir nossa
consciência plena. Se conhecemos o outro mais do que a nós mesmos ocorre uma
perda de identidade, um alheamento.
Porém, se prestamos atenção em nós, esquecendo-nos
seres narcisistas e com potenciais de suicídio. Por isso, tiremos um pouco os
olhos do nosso umbigo e pensemos um pouco no próximo que necessita do que nós
já conquistamos, quase sempre, com poucos esforços.
Olhemos para nós mesmos nos avaliando verdadeiramente,
percebendo o que conquistamos no que tange às nossas imperfeições e ao controle
dos nossos instintos e o que ainda precisamos conquistar no domínio dos nossos
impulsos.
Do livro: Terapêutica
do Perdão – Aloísio Silva
imagem: google
Um comentário:
Boa noite, que alegria ao retornar, depois de quase um ano de afastamento, na primeira postagem encontrar o carinho de teu comentário. Obrigada, para mim muito importante. Agora com pés fincados ao chão, retorno, não sei se soube mas meu irmão também partiu tem um ano e meio, e estava me levantando da partida do meu companheiro, sou espírita mas mesmo assim caí em tristeza sem fim. Mas Deus em sua bondade infinita me levantou, e assim aqui estou. Li e reli a bela mensagem, sim escutar sentindo o sentimento do irmão, colocar=se em seu lugar e não julgar, não nos esquecermos de nos conhecer mas com intuito de melhora e não de ficar se envaidecendo ou sentindo pena de nós mesmos. Sim lição muito importante, parece fácil de seguir, mas eu imperfeita como sou estou distante de conseguir plenamente, beijos linda
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