A humildade também leva a quem já vivencia esse valor a assumir postura de aprendiz, mesmo que tenha galgado posições de destaque, por descobrir que o muito que acredita saber e ser, nada é em relação ao que ainda precisa aprender e ser.
E assim, após todas essas reflexões, análises e constatações acabamos por perceber que estivemos caminhando sobre saltos muito altos, ou mesmo, sobre “pernas de pau”, e ao nos olharmos no espelho víamo-nos numa condição bem mais elevada que a realidade.
Esse é um momento único, que poderá decidir nosso processo evolutivo. É o momento em que, face a face com nós mesmos, podemos começar a crescer sobre as próprias bases, sem máscaras, sem ilusões.
Mas também é um momento que acarreta certo perigo, porque podemos não aceitar nossa real posição e acabar construindo novas e mais pesadas máscaras. Da mesma forma pode também surgir o desânimo ou gerar-se baixa auto-estima.
Por tudo isso é necessário preparar bem o coração e a mente, e, acima de tudo, buscar ajuda divina para esses momentos tão importantes nos nossos processos evolutivos. E então, após todas as constatações, quando, mais que perceber, começamos a “sentir” a nossa pequenez, passamos também a nos sentir mais leves e mais livres.
Outro ponto importante é nos aprofundarmos nessa busca interior sem o intuito de nos criticar, censurar ou baixar a auto-estima em razão das coisas negativas que formos encontrando. Devemos, sim, devassar nosso íntimo, assim como um cirurgião, a procura daquilo que nos faz mal, perdoando-nos mediante a compreensão de que somos ainda pré-adolescentes espirituais, com direito de errar, mas a caminho do nosso crescimento.
Só se decepciona quem se iludiu.
Além disso, é fundamental empenharmo-nos verdadeiramente em nossa reforma interior, buscando primeiro conhecer melhor a nós mesmos, a nossa realidade íntima e oculta, para em seguida darmos andamento mais acelerado a essa reconstrução e posterior crescimento.
Certamente é necessário também abandonar aquelas posturas de “santidade de adorno”, arrancar as máscaras e permitir que os outros nos vejam como somos. Será um verdadeiro “quebrar paradigmas”. Talvez a “platéia” se decepcione, mas terá oportunidade de aprender a desenvolver percepções mais equilibradas, a não confundir o santo com o milagre e entender que a evolução pede transparência.
Mostrar com sinceridade nosso íntimo, com suas sombras e luzes, toca muito mais do que muitas palavras elaboradas. Aproxima-nos dos outros, e essa aproximação possibilita entrelaçar esforços, somar ideais de evolução para crescer em conjunto. É muito mais fácil que crescer sozinho. Apoiando-nos uns nos outros, com sinceridade e igualdade, podemos alcançar mais facilmente nossas metas evolutivas, sem recear julgamentos humanos, nem discriminações.
Essa opção certamente é bem difícil, mas de que vale caminhar sobre altares ou por caminhos mais fáceis quando encarnados, para depois sofrer decepções e as mais diferentes dificuldades no mundo espiritual, além de precisar recomeçar tudo em futuras encarnações? E aqui cabe lembrar aquela conhecida exortação de Jesus: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta que leva à perdição”.
(continua)
Extraído do Blog: http://conscienciaevida.blogspot.com/
2 comentários:
Querida Denise, estou adorando a leitura destes textos, que nos agregam tanto valor...É maravilhoso ler e refletir, mas principalmente, colocar em prática esses ensinamentos valiosos!
Tenha uma semana repleta de boas vibrações!♥
Uma mensagem que mostra que precisamos ter muito cuidado com o que pensamos e frequentemente fazermos uma análise para que possamos nos ver de forma correta e sempre nos perdoar e buscar acertar.
Beijos.
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