É perfeitamente normal o empenho
do cidadão em favor da sua libertação total, passo esse valioso na conquista de
si mesmo. Todavia, pouco esclarecido e vitimado pelas compressões que o
alucinam, utiliza-se dos instrumentos da rebeldia, desencadeando lutas e
violência para lograr o que aspira como condição fundamental de felicidade.
A violência porém, jamais oferece a liberdade real.
Somente mediante a responsabilidade, o
homem se liberta, sem tornar-se libertino ou insensato.
A sociedade, que fala em nome das
pessoas de sucesso, estabelece que a liberdade é o direito de fazer o que a cada qual apraz, sem dar-se conta de
que essa liberação da vontade, termina por interditar o direito dos outros, fomentando as
lutas individuais, dos que se sentem impedidos, espocando nas violências de
grupos e classes, cujos direitos se
encontram dilapidados.
Se cada indivíduo agir conforme achar melhor, considerando-se liberado,
essa atitude trabalha em favor da anarquia, responsável por desmandos sem
limites.
Em nome da liberdade, atuam desonestamente os vendedores das paixões
ignóbeis, que espalham o bafio criminoso das mercadorias do prazer e da
loucura.
A denominada liberação sexual, sem a correspondente maturidade emocional e
dignidade espiritual, rebaixou as fontes genésicas a paul venenoso, no qual,
as expressões aberrantes assumem cidadania, inspirando os comportamentos
alienados e favorecendo a contaminação das enfermidades degenerativas e
destruidoras da existência corporal. Ao mesmo tempo, faculta o aborto
delituoso, a promiscuidade moral, reconduzindo o homem a um estágio de
primarismo dantes não vivenciado.
A liberdade é um direito que se consolida, na razão direta em que o homem
se autodescobre e se conscientiza, podendo identificar os próprios valores, que
deve aplicar de forma edificante, respeitando a natureza e tudo quanto nela
existe.
A liberdade começa no pensamento, como forma de aspiração
do bom, do belo, do ideal que são tudo quanto fomenta a vida e a sustenta, dá
vida e a mantém.
Qualquer comportamento que coage, reprimes viola é adversário
da liberdade.
Examinando o magno problema da liberdade, Jesus sintetizou
os meios de consegui-la, na busca da
verdade, única opção para tornar o homem realmente livre.
A verdade, em síntese, que é Deus — e não a verdade conveniente
de cada um, que é a forma
doentia de projetar a própria sombra, de impor a sua imagem, de submeter à
sua, a vontade alheia — constitui meta prioritária.
Livre, é o Espírito que se domina e se
conquista. movimentando-se com sabedoria por toda parte, idealista e amoroso,
superando as injunções pressionadoras e amesquinhantes.
Nenhuma pressão de fora pode levar à falta de liberdade,
quando se conseguir ser lúcido e responsável interiormente, portanto, livre.
Não se justifica, deste modo, o medo da liberdade, como
efeito dos fatores extrínsecos, que as situações políticas, sociais e
econômicas estabelecem como forma espúria de fazer que sobrevivam as suas
instituições, subjugando aqueles que vencem. O homem que as edifica, dá-se
conta, um dia, que dominando povos, grupos, classes ou pessoas também não é
livre, escravo, ele próprio, daqueles que submete aos seus caprichos, mas lhe
roubam a opção de viver em liberdade.
Não há liberdade quando se mente, engana, impõe e atraiçoa.
A liberdade é uma atitude perante a vida.
Assim, portanto, só há liberdade quando se ama conscientemente.
Do livro: O Homem
Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
3 comentários:
Olá minha amiga,
Sábias palavras de Divaldo!
Magnífico texto, verdadeiro e edificante!
Beijos... Muita luz sempre!
Oi amada vim agradecer a visita. Bjus .Fica na paz
Muito esclerecedor este texto, vemos quanta contradição podemos viver embusca da liberdade. As vezes buscamos uma liberdade que escraviza, que fere, que engana etc...
Só através da luz podemos ver conscientemente. Bjs, Ieda.
Postar um comentário