As dificuldades de nosso desenvolvimento e
crescimento espiritual se devem ao fato de que nem sempre conseguimos encontrar
com facilidade nossa própria maneira de viver e evoluir. Cada um de nós está
destinado a participar de uma maneira específica e peculiar na obra da criação.
Entretanto, é imprescindível compreendermos nosso valor pessoal, como seres
originais, ou seja, criados por Deus sob medida, percorrendo, particularmente,
nosso caminho e assumindo por completo a responsabilidade pelo nosso próprio crescimento
espriritual.
Ser nós mesmos é tomar decisões, não para agradar os
outros que nos observam, mas porque estamos usando, consciente e
responsavelmente, nossa capacidade de ser, sentir, pensar e agir.
Ser nós mesmos é eliminar os traços de dependência
que nos atam às outras pessoas. Não nos esquecendo, porém, de respeitar-lhes a
liberdade e a individualidade e de defender também a nossa, sem o medo de ficar
só e desamparado.
Ser nós mesmos é viver na própria simplicidade de
ser, libertos da vaidosa e dissimulada auto-satisfação, que consiste em fazer
gênero de diferente perante os outros, a fim de ostentar uma aparência de
personalidade marcante.
Ser nós mesmos é acreditar em nosso poder pessoal,
elaborando um mapa para nossos objetivos e percorrendo os caminhos necessários
para atingi-los.
No Novo Testamento, Mateus 7:13: “Entrai pela porta
estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva a perdição”.
Pelo fato de a porta ser estreita, deveremos
atravessá-la – um de cada vez – completamente sozinhos, acompanhados apenas
pelo mundo de nossos pensamentos e conquistas íntimas.
A porta é estreita, porque ainda não entendemos que,
mesmo vivendo em comunidade, estaremos vivendo, essencialmente, com nós mesmos,
pois para transpor essa porta é preciso aprender a arte de ser.
Efetivamente, atingiremos nossa independência quando
percebermos a inutilidade dos passatempos, das viagens, do convencionalismo da
etiqueta, do consumismo que fazemos somente para conquistar a aprovação dos
outros, e não porque decorrem de nossa livre vontade.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google
4 comentários:
Pois é amiga Denise, não é fácil sermos nós mesmos. Lendo Paulo, quando ele começou a publicar, discordei das suas teses:"É difícil ser simples" e "A magia da vida reside simplicidade", mas à medida que lemos ou estudamos as obras espíritas, vamos mudando aquela velha maneira engessada de ver as coisas.
Um abraço. Tenhas semana tranquila.
Uma página que gostei muito, Um abraço.
Quem está nesse mundo pensando que ele é um paraíso, ao longo da vida terá decepções, pois, aqui estamos para servir e evoluir. Infindáveis vezes estaremos diante dessa "porta estreita".
Denise, paz e luz!
Parece-me essencial
copiar os bons exemplos.
Ser cópia dos outros, a partir daí,
é uma concepção totalmente errônea.
Tiro por mim, que apreciava a poesia,
quase desde a infância e, em 1973
resolvi fazer algo similar.
Daí em diante construo minhas
próprias obras, boas ou más,
mas com inteira responsabilidade.
De tal modo, devemos ser os responsáveis
por nossas escolhas e opções,
e jamais lançá-las sobre ombros alheios.
Beijos.
Postar um comentário