Eliminar o domínio, a autoridade ou a influência das
ideias, das pessoas, das diversões, dos instintos, do trabalho e dos lugares
não significa que precisamos extirpar ou abandonar completamente todas essas
coisas, mas somente a dependência. Podemos nos ocupar desses assuntos quando
bem quisermos, conforme nossas necessidades e conveniências, sem a escravidão
do condicionamento doentio.
Passar por esse trajeto restrito é ter a coragem de
romper as amarras internas e externas que nos impedem a conquista de liberdade.
Perguntemo-nos: quantos dos nossos atos e atitudes são subprodutos de nossas
dependências estruturadas na subordinação da sociedade? A submissão social tem
sua base inicial na busca de aprovação dos outros, colocando os indivíduos na
posição de permanentes escravos e pedintes do aplauso hipócrita e do verniz da
lisonja.
A travessia desse longo caminho esmo nos levará ao
Reino dos Céus, estruturado e localizado na essência de nós mesmos. Para tanto,
devemos recordar-nos de que as Leis Divinas estão escritas na nossa
consciência, cabendo-nos aprender a interpretá-las em nós e por nós mesmos.
Jesus Cristo, constantemente, referia-se a esse Reino
Interior como sendo a morada de Deus em nós. Por voltarmos costumeiramente
nossos olhos para fora, e não para dentro de nós mesmos, é que nunca
conseguimos vislumbrar as riquezas de nosso mundo interior.
Nossa autonomia, tanto física, emocional, mental como
espiritual, está diretamente ligada às nossas conquistas e descobertas íntimas.
Nossa tão almejada realização interior está relacionada com o conhecimento de
nós mesmos.
A vida exige esforços importantes para que possamos
eliminar nossos laços de dependência neurótica, os quais nos condicionam a
viver sem usufruir nossa liberdade interior, aceitando ser manipulados pelos
juízos e opiniões alheias.
A liberdade se inicia no pensamento para,
posteriormente, materializar-se na exterioridade, quebrando, então, os grilhões
da dependência. Os espíritos amigos enfocaram o assunto com muita sabedoria,
afirmando: No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há
como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google
2 comentários:
Pois é amiga Denise, no mais das vezes nosso pensamento está voltado para fora.
Um abraço. Tenhas uma boa tarde.
A submissão a ditames irracionais de uma
sociedade,sem dúvida, nascem do pensamento
sem liberdade, e este é aprisionado
unicamente pelo próprio pensador.
O problema, como concorda o Dilmar, é que
procuramos tesouros fora de nós, quando
eles estão tão próximos.
Beijos.
Postar um comentário