Uma das revelações mais fantásticas que o estudo da
doutrina espírita nos permite é a de compreender que Deus criou o homem simples
e ignorante, porém perfectível. Não importa quantas encarnações, mas o fato é
de que todos chegaremos à perfeição. Até mesmo estes irmãos sanguinários que a
mídia nos serve todos os dias nas telas das TVs, nas páginas dos jornais e,
principalmente, na internet. E tudo isso seria de fácil aceitação por parte de
todas as outras doutrinas e vertentes religiosas, simplesmente com o uso da
razão. Oras, basta observar que temos provas científicas sobre a evolução
humana, os museus estão repletos de documentos, fósseis e tudo o mais que
provam que o homem vem evoluindo paulatinamente ao logo dos milênios. Um dia,
aquele ser percebeu que diante dos dinossauros, era melhor viver em grupos,
pois somente trabalhando em equipe poderia caçar o seu sustento e se proteger
das grandes feras. Daí sugiram as pequenas tribos que se multiplicaram ao longo
da existência humana, virando as cidades que conhecemos. Desenvolvendo sua
inteligência, descobriu o fogo, os metais, a roda, entendeu que, ao invés de ir
para lá e para cá, poderia plantar e colher, até que deduziu que poderia
construir sua casa e deixar as cavernas. Este foi o início da família.
Com um olhar um pouco mais apurado, havermos de
observar que ao longo dessa evolução, a espiritualidade esteve presente,
representada por espíritos de escol, cuja missão era alavancar o progresso do
homem e do planeta. Assim, o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec,
nos mostra como as ideias de Sócrates e Platão eram adiantadas demais para a
época; a personalidade autoritária, porém necessária, de Moisés para
disciplinar o povo; a doçura de Jesus, com sua doutrina de amor; até chegar ao
Espiritismo Consolador. A partir de então, como Allan Kardec sabiamente
definiu, o homem começou a vislumbrar a grande verdade da vida: a de que “Fora
da caridade não há salvação”. É fato de que precisamos fazer o bem, praticar a
caridade, para que nos transformemos em artífices da paz, sendo auxiliares na
construção do Reino de Deus na Terra. Não é à toa que um dos luminares do
espiritismo, Leon Denis, dedicou um capítulo inteiro à caridade em um de seus
livros, “Depois da Morte”, vaticinando que a perfeição do homem resume-se
nestas duas palavras: caridade e verdade. E para nos tornarmos verdadeiramente
caridosos, não existe outro ponto de partida que não seja o nosso próprio lar.
É no cadinho do nosso lar que se apura a evolução. É na família que exercitamos
a bondade, a tolerância, a compreensão, a educação, a gentileza e todos as
virtudes que, por certo, nos serão necessárias na vida profissional.
Orlando Ribeiro
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – nov./2015
imagem: google
Um comentário:
Olá! Muitos ensinamentos! lindo! Que a luz possa salvar os que mais precisam! abraço
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