Espírito: ANDRÉ LUIZ.
Se a mágoa lhe bate à porta, entorpecendo-lhe a cabeça ou
paralisando-lhe os braços, fuja dessa intoxicação mental enquanto pode.
Se você está doente, atenda ao corpo enfermiço, na
convicção de que não é com lágrimas que você recupera um relógio defeituoso.
Se você errou, busque reconsiderar a própria falta,
reajustando o caminho sem vaidade, reconhecendo que você não é o primeiro e nem
será o último a encontrar-se numa conta desajustada que roga corrigenda.
Se você caiu em tentação, levante-se e prossiga adiante,
na tarefa que a vida lhe assinalou, na certeza de que ninguém resgata uma
dívida ao preço de queixa inútil.
Se amigos desertaram, pense na árvore que, por vezes,
necessita de poda, a fim de renovar a própria existência.
Se você possui na família um ninho de aflições, é forçoso
anotar que o benefício da educação pede a base da escola.
Se sofrer prejuízos materiais, recorde que, em muitas
ocasiões, a perda do anel é a defesa do braço.
Se alguém lhe ofendeu a dignidade, olvide ressentimentos,
ponderando que a criatura de bom senso, jamais enfeitaria a própria
apresentação com uma lata de lixo.
Se a impaciência lhe marca os gestos habituais, acalme-se,
observando que os pequeninos desequilíbrios integram, por fim, as grandes
perturbações.
Seja qual for o seu problema, lembre-se de que toda mágoa
é sombra destrutiva e de que sombra alguma consegue permanecer no coração que
se acolhe ao trabalho, procurando servir.
Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
imagem: google
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