“E
Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e, entrando,
assentou-se entre os criados para ver o fim.” — (MATEUS 26:58)
O
fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas.
A
negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do
Cristianismo.
Enquadrar-se-ia
a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se
negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis?
Útil,
nesse particular, é o exame de sua invigilância.
O
fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as
advertências recebidas.
Grande
número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de
continuarem desatendendo.
Informa
o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o
Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e “assentou-se entre os
criados” deste, para “ver o fim”.
Leitura
cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje,
muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças,
por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações
imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas
vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções
utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim de observarem como será o
fim dos serviços alheios.
Todos
os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e chorarão
amargamente.
Fonte: CAMINHO,
VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER/EMMANUEL
imagem: google
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