Afirmas
que o aguilhão da dor é uma constante na tua vida, amesquinhando as tuas
forças, diminuindo as tuas alegrias.
Informas
que o desencanto fez moradas nas paisagens mentais da tua existência,
tornando-a triste, sem sentido.
Revelas
que as decepções se somam a cada momento às anteriores, dando-te uma visão
deprimente do comportamento social das criaturas humanas.
Esclareces
que perdeste as motivações para continuar a jornada e que não raro o desencanto
cochicha ideias derrotistas, impelindo-te, de alguma forma, para a direção do
autocídio.
Armazenas
o lado negativo da experiência humana, quase com volúpia, reunindo as
observações infelizes e deixando-te engajar no veículo do desequilíbrio.
Pára
e reflexiona, porém, um pouco, descompromissando-te das aflições que carregas.
Observarás
que ninguém transita na Terra sem o ônus que a vida cobra, naturalmente, a
todos.
Uns
padecem, crucificados, sem o demonstrarem. Transformando os cravos rudes em
apoio e sustentação com que se seguram, para alçarem voo às paragens da
esperança...
Outros
caminham açodados por chagas ocultas sob tecidos custosos, sorrindo, na certeza
de que elas se transformarão, hoje ou mais tarde, em rosas abençoadas de que se
ornarão um dia...
Diversos
se sentem vitimados por insuspeitada soledade, embora cercados por amigos e
bajuladores, sejam invejados, não sorvendo a água lustral do amor nem da
fidelidade que dessedentam e nutrem.
Há
dores morais sob disfarces numerosos como chagas purulentas guardadas sob
ataduras de alto preço, cujos portadores não se deixaram vencer e demonstram,
no esforço que empreendem, a alegria pelo superá-los.
Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
imagem: google
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