Por medo de sermos vistos como somos, nossas relações
ficam limitadas a um nível superficial. Resguardamo-nos e fechamo-nos
intimamente para sentir-nos emocionalmente seguros.
Presumimos que o não ver resulta em não ter. em
verdade, não nos livramos de nosso lado recusado simplesmente porque fechamos
os olhos para ele, mas porque mesmo assim continuará a existir na sombra de
nossa estrutura mental.
As coisas ignoradas geram mais medo do que as
conhecidas.
Recusar-se a aceitar a diversidade de emoções e
sentimentos de nosso mundo interior nos levará a viver sem o controle de nossa
existências, sem ter nas mãos as rédeas de nosso destino. Ao assumirmos que são
elementos naturais de estrutura humana em evolução frieza/sensualidade,
avareza/desperdício, egoísmo/desinteresse, dominação/submissão, lassidão/
impetuosidade, aí começa nosso trabalho de autoconhecimento, a fim de que
possamos descobrir onde erramos e, a partir de então, encontrar o meio-termo,
ou seja, não estar num extremo nem no outro.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
Um comentário:
Sensatíssimo! Nossa inferioridade é que nos coloca nesse dilema em que um vício se contrapõe a outro.
Temos que buscar sempre o meio-termo que condiga com a dignidade humana.
Beijos.
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