Sendo filhos de Deus fomos criados, na simplicidade e
na ignorância, tendo como objetivo e meta chegarmos à perfeição, isso
obviamente, fazendo uso do livre arbítrio e do esforço próprio, contado sempre
com os mecanismos de apoio e segurança oferecidos pelo Pai Celestial.
No âmbito do código divino não existem privilégios a
ninguém, assim, cada criatura humana colherá o fruto decorrente da semente
plantada, recebendo o reflexo de cada ação que praticar.
Diante disso não podemos ignorar a importância que
precisamos dar as prioridades que elegemos para a nossa vida, pois que tendo a
perfeição como meta a ser alcançada, todo o roteiro da existência terrena
deverá manter em mira esse objetivo, uma vez que a paz que sonhamos e a
felicidade que buscamos, nascerão do equilíbrio das nossas atitudes.
Portanto, nossas conquistas e vitórias neste mundo
serão relevantes à medida que nos assegurem prosperidade espiritual.
Quando Jesus afirmou que venceu o mundo estava
informando à humanidade, que a verdadeira batalha a ser ganha é aquela que
travamos, diariamente, contra as paixões inferiores e os arrastamentos de baixo
nível, que ainda insistem em nos fazer infelizes.
Muitos vencem no mundo, obtendo poder, glória,
fortuna, destaque, fama, prestígio e tanto mais e perdem moralmente, pois que
fazem uso dos mais sórdidos métodos para alcançarem os postos que carregam em
mira. Não raras vezes triunfam sobre a dor e o sofrimento do próximo, abrindo
as portas para o retorno, contra si mesmos, das conseqüências que decorrem dos
atos nefastos que difundiram. No âmbito da irresponsabilidade, alimentam o mal
que, indubitavelmente, no futuro, atingirá seus corações.
Ganham no mundo físico, mas fracassam
espetacularmente nas esferas espirituais. Ostentam troféus e estandartes
terrenos para depois aflitivamente gemerem nas paragens do espírito.
Atualmente, ante tantas informações e
esclarecimentos, não se pode mais negar que somos espíritos eternos, e, que a
presente existência terrena é apenas uma pequena etapa da nossa longa jornada
evolutiva. No entanto, infelizmente, ainda vemos criaturas fazendo uso de seus
dias como se fossem os últimos da sua vida total, se esforçando para extrair
deles todo tipo de prazer e de satisfação possíveis, mesmo que para isso tenham
que ferir os mais comezinhos princípios da dignidade, nobreza e honradez.
Obviamente, é um ledo e terrível engano acreditar que
alguns fugidios momentos de suposta felicidade aqui na terra, conseguidos a
qualquer custo poderão contribuir para que cheguemos à perfeição espiritual, a
que estamos destinados pelas sábias e justas leis de Deus.
Não tenhamos qualquer dúvida; a nossa verdadeira e
definitiva felicidade nascerá da felicidade que plantarmos nos corações
alheios. Foi por isso que Jesus ensinou: “amai-vos uns aos outros” (João 13:34)
Sem ilusões, não acreditemos que todas as vitórias
obtidas no mundo físico nos assegurem uma boa posição no mundo espiritual, mas
sim somente aquelas que tiveram como proposta a nossa melhoria interior.
Aquelas que nos ajudaram no combate ao orgulho e AL egoísmo, que tantos males e
prejuízos tem nos causado.
Os tempos são chegados, sim são chegados para que
tenhamos a mais absoluta convicção de que os valores a serem conquistados, são
aqueles que sustentam a nossa evolução como espíritos eternos que somos, mesmo
que para isso, aparentemente, tenhamos que perder aqui no mundo.
Assim, nos preocupemos, a exemplo de Jesus, em vencer
o mundo e não a qualquer custo, vencer no mundo.
Reflitamos.
Waldenir Cuin
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – Nov/2012
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