A
pessoa, quando reencarna, recebe um enquadramento de vida do que precisa se
conscientizar, dada a sua importância na apropriação de sua trajetória
evolutiva, sob pena de não conseguir avançar na transposição de barreiras e
limites para concretizar seu devir espiritual.
Ao
mergulharmos no corpo, conectamos com uma mãe que exercerá uterinamente uma
poderosa influência em nosso psiquismo, seguida de perto pela presença paterna
que comporá, com a mãe, a influência parental.
Na
sequência, receberemos a interferência da constelação familiar em que nascemos,
dos parentes, da escola, dos amigos, etc.
Registraremos
as repercussões da cultura da cidade, do país e da globalização do planeta.
É
nesse campo de influências que vamos crescendo e estruturando consciente e
sobretudo inconscientemente, nosso modo de ser, revelado por comportamentos,
sensações físicas, sentimentos, pensamentos e espiritualidade.
Entretanto,
raros são aqueles que se dão conta de que semelhantes legados passam a integrar
sua vida automaticamente; e mais raros ainda os que têm clareza da qualidade
dessa herança, frequentemente cheia de negatividades a se revelarem por meio de
nossas perturbações e conflitos, angústias e infelicidades, vazios e crises
existenciais, sintomas e doenças.
Olhar
para dentro de si mesmo, a fim de avaliar como o eu interior se estruturou, bem
como seu reflexo externo, suas sombras e suas projeções, seus pontos cegos e
suas sombrias exteriorizações, é tarefa que exige de6terminação e paciência,
coragem e força de vontade amorosa.
Só
podemos viabilizar esse mergulho, se for mediado por pessoas que nos sirvam de
espelho.
O
casamento é uma dessas possibilidades de maior riqueza, por apresentar uma
pessoa capaz de nos refletir com muita fidelidade, em razão da convivência
estreita e contínua, em regime de intimidade franqueada.
A
(o) esposa (o) será um excelente contraponto de que necessitamos para resgatar a
nossa história, a fim de reescrevê-la ao nosso sabor.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
2 comentários:
Amiga Denise, muito bom vir aqui, local onde aprendo sempre.
UM abração.
Com certeza o casamento é uma oportunidade
para atingir-se mais facilmente a alteridade,
isto é, o reconhecimento do outro como um todo
a ser entendido e respeitado.
No meu caso, deveria servir como treinamento
da paciência e da humildade.
Ai, meu Deus, dê-me forças!
(Risos abafados)
Beijos.
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