Insculpidas na consciência, as divinas leis propelem
a realização do bem que jaz em germe.
A demora pela definição é resultado de um período
normal para o amadurecimento que faculta eleger o que deve, daquilo que não
convém realizar.
A cura de uma enfermidade impõe a extinção das suas
causas. Alguém que haja sido mordido ou picado por uma áspide ou um inseto
venenoso deve, de início, bloquear, mediante garrote, a expansão do tóxico,
para combatê-lo depois.
Diante de uma pessoa que foi atingida por uma seta envenenada, recomenda antiga sabedoria hindu, arranca-se-lhe a flecha primeiro,
para depois tomar-se outra providência qualquer..
As setas morais venenosas, cravadas no cerne da alma,
enquanto não sejam retiradas, continuam resistindo aos antídotos aplicados nos
seus danos, por prosseguirem contaminando suas vítimas.
Educar a mente, disciplinando a vontade, constitui o
passo inicial para extirpar as causas das aflições, infundindo
responsabilidades atuais, geradoras, por sua vez, de novos resultados
saudáveis, para propiciarem o futuro bem-estar a que se está fadado.
A recomendação de Jesus sobre o amor é de eficácia
incontestável, por ser, este sentimento, gerador de valores responsáveis pela
felicidade humana. O amor dulcifica o ser e incita-o às atitudes edificantes da
vida. Mediante a sua vigência, pensa-se antes de tomar-se decisões, considerando-se
quais as que são mais compatíveis com a ética e os anseios do próprio coração.
Jamais desejando para o seu próximo o que não gostaria de experimentar,
assumem-se compromissos de prosperidade, sem prejuízo de natureza alguma para
si ou para os outros.
A própria lucidez gerada pelo amor induz ao perdão
indiscriminado para todas as pessoas, por conseqüência, para si mesmo.
O olvido do mal, com abandono de propósitos de
vingança, é inadiável para alguém liberar-se de expressiva soma de sofrimentos.
As idéias deprimentes, acalentadas como resultados do ressentimento ou do
desejo de retribuição malévola, geram enfermidades que dilaceram os tecidos
orgânicos e desconsertam os equipamentos emocionais. Enquanto vigem, demoram-se
os sofrimentos dominadores.
Por sua vez, o remorso e o arrependimento das ações
infelizes, a tristeza e os desgostos delas derivados constituem fatores mentais
dissolventes que se instalam nas engrenagens da alma, provocando distúrbios
psicológicos, físicos e morais de demorado curso.
O perdão para as faltas alheias luariza a paisagem
íntima, clareando as sombras da angústia insistente que bloqueia a alegria de
viver, produzindo sofrimentos injustificáveis.
(continua)
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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