A
convivência conjugal proporcionará a identificação, origem e significação dos
conteúdos positivos e virtuosos, como também dos conflitos internos.
Pode-se,
então, perceber quando os pais introjetados emergem através dos conflitos, dos
complexos, das dores, etc., trazendo os scripts que ficaram sem elaboração
dentro do filho, e que agora, no adulto acasalado, surgem como comando
negativo, necessitando ser revistos e passados a limpo. São carência,
abandonos, raivas, inseguranças, arrogância, tristezas, medos, ciúmes, invejas,
ansiedades, enfim, encrencas cuja origem foi forjada no relacionamento
inadequado com mãe e pai.
De
modo similar, dentro da conjugalidade, afloram dores diversas, cujas origens
falam de um passado relacionado à parentela, ao grupo da escola, dos amigos, e
que não foram solucionadas; e daí a se repetirem até hoje na forma de baixa
estima, desprezos, vergonha tóxica, prepotência, complexos de inferioridade ou
superioridade, entre outros.
Quantos
comportamentos reaparecem no casamento, vindos de outrora, intrinsecamente
relacionados aos ranços culturais, à má-educação, a preconceitos étnicos,
problemas de cidadania, tudo aguardando um equacionamento que não aconteceu.
Por
fim, ainda existem conteúdos como reflexos de outras vidas, que comparecem na
forma de tendências, inclinações, emoções inatas, etc, lembrando algemas à
espera de serem desatadas.
É
no matrimônio, sobretudo, que o ser humano tem oportunidade de reestruturar as
negatividades que traz como herança desta e de outras vidas, tendo na parceria
conjugal o espelho no qual pode apreender e aprender muito sobre si mesmo.
Desta
feita, no momento em que o homem consegue fazer esse caminho para dentro de si
mesmo, no exercício do autoamor, torna-se possível um melhor desempenho dos
papéis de esposo, pai, amigo, filho, cidadão, homem de bem; em idênticas circunstâncias, a mulher consegue desempenhar
melhor os seus papéis de esposa, mãe, filha, amiga, cidadã e mulher de bem.
À
proporção que o casal avança para esse patamar, mais factível será conseguir
uma boa interação nos âmbitos sexual, emocional, intelectual, moral e
espiritual, sacralizando o casamento pela amorosidade.
Vasculhar-se
para se atualizar saudavelmente dentro da vida é trabalho árduo, facilitado
quando se tem uma parceria conjugal, para que, de modo cúmplice e solidário, se
logre transmutar negatividades em aprendizados felizes; sombras em lições
luminosas; enfermidades em crescimento saudável; buracos egoicos em projetos existenciais plenificadores.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
Um comentário:
Olá, querida Denise
O autoconhecimento nos ajuda a crescer e a relacionarmo-nos mais convenientemente com os demais e no casamento não fica diferente...
Bom fim de sábado!!!
Bjm quareesmal
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