(J. Herculano Pires)
Todos erramos. Até mesmo os santos erraram. Por isso disse Jesus:
“Não julgueis para não serdes julgados”. Simeão nos aconselha a esquecer o mal
e pensar apenas no bem que pode ser feito. Por mais inúteis que nos julguemos e
por piores que nos consideremos, há sempre diante de nós uma oportunidade de
fazer o bem. Pensando no mal, perdemo-la; pensando no bem, podemos aproveitá-la.
No doloroso episodio que Chico Xavier nos relata, e que provocou a
mensagem de Emmanuel, temos um exemplo vivo dessa realidade. Chico não
perguntou de que crime o rapaz era acusado. Sofreu com ele e com os pais na
pratica da caridade. Alguns companheiros de reunião, entretanto, não pensaram
assim, não sentiram esse impulso de solidariedade humana. E o simples fato de
censurarem o médium produziu um constrangimento do bem.
O dia do juízo chega para todos nos. Para aquele rapaz já havia
chegado e ele cumpria o veredicto da lei. Sabendo disso e compreendendo que
Deus quer a salvação de todos, mesmo dos piores criminosos, nosso dever é o do
bom samaritano que socorreu o próximo sem indagar de seus antecedentes. Lemos
no Eclesiastes que Deus fez tempo para tudo e Emmanuel lembra-nos que existe o
“tempo justo de exame”. Por outro lado, o que mais erra é o que mais necessita
de perdão, o que menos amor revela em sua conduta é o que de mais amor
necessita.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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