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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

TERAPIA DESOBSESSIVA I

                A obsessão tem as suas raízes fixadas nos antecedentes morais de ambos os litigantes, que se deixaram vencer pela inferioridade que os dominava, à época da pugna.
                Egoístas e irrefletidos, não mediram as consequências dos seus atos venais, passando a vincular-se um ao outro através das algemas do ódio, do desforço que os tornam cada vez mais infelizes.
                Arrastam-se, desse modo, por séculos de sofrimentos excruciantes, passando de vítimas a algozes, e reciprocamente, até que o amor lhes acenda a luz da esperança nas sombras onde se detêm e o perdão os torne verdadeiros irmãos na senda evolutiva.
                O amor é, assim, o primeiro medicamento para a terapia anti-obsessiva.
                Abre as portas à esperança e esclarece quanto às sagradas finalidades da vida, proporcionando o perdão que suaviza as dores produzidas pelas ulcerações do ódio. Enquanto persistam o ressentimento e a malquerença, a desconfiança e o rancor, a obsessão permanece como ácido queimando as delicadas engrenagens da casa mental e produzindo as alienações tormentosas.
                A obsessão é doença grave, mesmo quando se apresenta em quadro simples, em forma de inspiração depressiva ou de morbo que afeta a saúde física. Isso porque impõe a transformação moral do paciente e a mudança de atitude emocional do agente que a desencadeia, consciente ou não.
                Só há obsessão porque há débito de quem a sofre.
                As leis da vida dispõem de recursos elevados para a reeducação dos incursos nos seus códigos de justiça. No entanto, a intemperança e precipitação dos indivíduos, perturbados em si mesmos, levam-nos aos desforços e vinganças, produzindo esses desnecessários processos de sofrimentos.
                A mente infeliz, através da monoideia de revide, descarrega ondas de ódio no seu desafeto que, desequipado de recursos morais, tais a vigilância, a caridade, o amor, capta-as através do campo do perispírito, com o qual aquela sintoniza por afinidade vibratória até transformar-se em ideia perturbadora no seu próprio psiquismo.
                De outras vezes, irradia as mesmas deletérias energias e condensa, pela ação da vontade, as suas vibrações, apresentando-se com aspectos terrificadores durante a vigília e o parcial desdobramento pelo sono, e provocando vinculação pelo pavor, que se transforma em patologia alucinante.
                Na sucessão das interferências consegue dominar a mente culpada, que se lhe faz submissa, dando curso aos mais graves fenômenos de subjugação, que a ignorância, por muitos séculos, considerou como possessão demoníaca e os cientistas rotularam de esquizofrenia.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

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