A constante ingestão psíquica da onda mental
enfermiça produz distúrbios orgânicos variados, que facultam a instalação de
germes destrutivos da saúde ou provocam, por si mesma, degenerações celulares,
ulcerações, disfunções de diversos órgãos.
A desobsessão, por consequência, é a terapia
especializada e única possuidora dos recursos para a libertação do alienado.
Mediante o esclarecimento do espírito enfermo, imbuído
da falsa ideia de justiça, dever-se-á dissuadi-lo do infeliz propósito,
demonstrando-lhe o erro em que se encontra e induzi-lo à certeza de que o amor
de Deus tudo resolve.
Concluída essa tarefa, que exige a interferência de
um médium educado – quando o fenômeno da psicofonia atormentada não se dá
através do próprio paciente – é indispensável a conscientização da vítima, a
fim de que busque a reabilitação por meio de uma mudança de comportamento
mental e espiritual.
Essa reforma moral do obsidiado fará que o seu atual
perseguidor constate-lhe o esforço para melhorar-se, demonstrando
arrependimento das ações infelizes, e asserenando o ânimo torne-se amigo do
antigo verdugo, avançando com ele pela rota do bem.
O ministério da desobsessão pode também processar-se
além da esfera física, pela interferência dos benfeitores espirituais, quando
constatam o esforço da alma para reabilitar-se e auxiliar o seu perseguidor.
Nos processos que afetam o organismo físico, além do
recurso espiritual liberativo é conveniente a terapia médica correspondente,
para o reaparelhamento orgânico.
Proliferam, também, as obsessões entre os encarnados,
graças aos abusos do sentimento, que os levam à vampirização psíquica, gerando
distúrbios demorados.
Os desejos perturbadores direcionam petardos mentais
que atingem aqueles aos quais são dirigidos, produzindo-lhes estranhas e
desagradáveis sensações. Quando são recíprocos, dão curso a interdependência
psíquica que afeta tanto a área da emotividade como da organização somática, gerando
sofrimento.
Toda forma de obsessão resulta de um
inter-relacionamento pessoal interrompido pelas forças negativas da
agressividade, do ódio, da traição, do crime ou das expressões do amor em
desalinho, que destrambelham os sentimentos.
A desobsessão consiste na interrupção do processo de
imantação de ambos os infelizes, poquanto o agressor, embora se considere
realizado pelo mal que inflige à sua vítima, padece, por sua vez, de infortúnio
e falta de paz.
A criatura é sempre a responsável pela própria vida.
Somente há desar, obsessão e sofrimento, porque se elegem os comportamentos
doentios em detrimento daqueloutros positivos.
Diante das obsessões, constata-se o retorno dos atos
inditosos em busca de reparação imediata.
Dissolver os grilhões do mal com as energias
poderosas do amor, eis no que consiste a teraia desobsessiva, que libera o ser
do sofrimento que a sua incúria gerou, favorecendo-o com a saúde integral,
resultado de uma mente em harmonia com a vida, uma organização física em
equilíbrio e a emoção como a razão dirigidas para o bem, para o progresso, para
a felicidade.
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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