“Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a
fama, reverenciar-te-ão a presença física na terra, mas, se não trouxeres
contigo os valores do bem, ombrearás com os infelizes em marcha imprevidente
para as ruínas do desencanto”.
(Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia Francisco Cândido Xavier)
Em todos os setores do mundo, nunca se observou
tantas conquistas tecnológicas e avanços materiais como nos dias presentes, e,
em todos os níveis humanos, nunca se identificou tantas dores e sofrimentos,
aflições e angústias como nos momentos atuais.
Cresce o homem em intelectualidade ao passo que
distancia-se da moralidade. A vida na Terra torna-se mais confortável e
atrativa e os dramas sociais e psicológicos prosperam assustadoramente.
As criaturas, observando as condutas que imprimem,
parecem querer viver de forma onde para se conseguir a realização dos sonhos e
desejos, tudo pode, tudo vale, mesmo que o preço pago para isso seja alto
demais.
Os valores morais e espirituais seguem esquecidos ou
relegados a planos secundários, enquanto os valores materiais, sensuais e
transitórios são buscados com sofreguidão e ansiedade.
Se estamos no mundo é obvio que não podemos deixar de
viver nele e contar com os recursos de toda natureza que ele nos oferece, o
perigo e o equívoco estão em se dedicar mais atenções ao que é efêmero,
ilusório e passageiro do que ao que é definitivo e duradouro.
O resultado aí está estampado; tragédias, dramas,
complicações familiares, acidentes e outros que formam o cortejo indesejável,
mas real, da vida que levamos.
O consumo tabagista, com as consequências nefastas
que trás, anda a níveis extraordinários, onde proporcionamos lucros às empresas
fabricantes de cigarros e poluímos o nosso corpo com a sujeira dos malefícios
que arruínam a nossa saúde.
O álcool, esse veneno livre, tem imensa adesão e é
aplaudido por quase a totalidade humana, deixando à retaguarda um rastro de
violência e destruição, muitas vezes irreversível. E o que é ainda pior e
triste, sendo consumido, cada vez mais, por crianças e jovens desavisados,
principalmente diante da omissão dos próprios pais e responsáveis.
Os tóxicos mais pesados, que movimentam
clandestinamente milhões de reais, ajudam, com forte poder, a destruir a jovem
geração do presente, esta que deverá forjar o caráter, o amadurecimento e as
experiências daqueles que terão, em dias futuros, os destinos sociais nas mãos.
Por quem e como seremos dirigidos amanhã?
A sexualidade tomando caminhos bestiais, embrutecidos
e animalizados, onde se substitui o sentimento das uniões respeitosas e dignas
entre as pessoas, tornando-se uma ilha de prazer e loucuras sem freios, limites
e medidas. Uniões e desuniões se processam num verdadeiro bailado de
indiferenças para com os nobres valores humanos.
E as famílias decorrentes desses descasos e
sentimentos brutalizados vão se esfacelando, produzindo com isso criaturas
desequilibradas, omissas e perigosas que chegando ao meio social esparramam a
ruína e a dor.
Será que essa é a proposta humana? Viver na Terra
como se tudo possa durar tão pouco? Alguns anos, décadas? É, então, tempo de
perguntar: De onde viemos, o que fazemos aqui e para onde vamos?
Ainda dá para refletir e mudar. Informações não nos
faltam, da ciência, da filosofia e da religião. Busquemos por elas para
redirecionarmos a rota da nossa existência.
Não estamos numa colônia de férias, nem num paraíso
de delícias, mas neste mundo, em busca de consolidação dos valores definitivos,
tais como amor, respeito, caridade, solidariedade, disciplina, paciência, etc,
tudo o mais que diferir deles, por certo, nos acarretarão sérios problemas e
dissabores.
Todos desejamos a felicidade, mas a forma e a maneira
de busca-la é que nos garantirão as condições básicas para conseguí-la ou não.
Tomemos cuidado com os enganos e equívocos.
Waldenir Cuin
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – Set/2015
imagem: google
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