(J. Herculano Pires)
O chamado “Dogma de Cristo” é uma criação da teologia cristã, mas
não dos Evangelhos, onde a posição de Jesus é bem clara, considerando-se ele
mesmo como filho de Deus e nosso irmão, pois também se chamava a si próprio de
filho do homem. O Natal de Jesus, portanto, não é o Natal de Deus. A visão
mediúnica do Cosmos, descrita por Chico Xavier no texto Como Consideramos Jesus,
dá-nos a ideia grandiosa do Criador através da sua obra.
A posição espírita no assunto é considerada herética pelas religiões
cristãs, que chegam mesmo a negar ao Espiritismo a sua natureza cristã. Com
mais razão, com mais lógica, os espiritistas consideram herética a doutrina que
faz de Jesus a encarnação de Deus. Mas nem por isso os espiritistas deixam de participar
das comemorações do Natal, que consideram como o dia da fraternidade humana por
excelência, traduzida em caridade efetiva na assistência aos necessitados.
Assim, o principio do amor supera as divergências teológicas, unindo todos os
cristãos na adoração espiritual do Cristo e no cumprimento da sua lei única: a
de amarmos a Deus sobre todas
as coisas e ao próximo
como a nós mesmos.
O fundamento do Universo é uma lei única: a lei do amor. Dela
derivam todas as leis conhecidas e desconhecidas. Deus é amor, definiu João no
seu Evangelho. E Jesus resumiu toda a Lei e os Profetas na lei áurea do amor. É
o poder do amor que faz as galáxias girarem no infinito e as constelações atômicas
girarem no finito.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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