Espírito: EMMANUEL.
Inegavelmente o mundo progride, embora com lentidão.
A vista disso, em cada dia, é natural que a Terra surja,
de algum modo, renovada em si mesma.
Entretanto, forçoso convir que no lado externo das
situações e das cousas, com leves modificações, aquilo que vemos agora é o que
já vimos.
O sol cuja marcha Josué supôs haver, paralisado no combate
contra o rei de Jerusalém, é o mesmo que clareia a estrada do deserto para o
beduíno de hoje.
A luz que afagava a cabeça de
Sócrates não sofreu diferenças.
O mar que Tibério fitava das alturas de Capri oferece
atualmente o mesmo espetáculo de imponência e beleza.
As grandes cidades da era moderna são herdeiras das
grandes cidades que o tempo sepultou em valas de cinzas.
As tricas políticas que criam a guerra, nos dias que
passam, não obstante mais espaçadas, são idênticas às que faziam a guerra no
tempo dos faraós.
Os escritores de inspiração infeliz que há milênios
envenenavam a cabeça do povo são substituídos na época presente pelos
escritores inconsequentes que articulam palavras nobres e corretas fomentando
os vícios do pensamento.
Inegavelmente o progresso é a lei, contudo só o
conhecimento de nós próprios conseguirá realmente fundamenta-lo e apressa-lo em
sadios alicerces na experiência.
Por essa razão, a maior novidade para nós, acima de tudo,
ainda e sempre é a nossa possibilidade imediata de manejar a própria vontade e
melhorar a vida, melhorando a nós mesmos.
Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
imagem: google
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