A cultura contemporânea, ante o utilitarismo de que se faz portadora, emissária do consumismo e da perda de identidade do ser humano, que a todos iguala em padrões de esdrúxulo comportamento, favorece a irrupção pandêmica da depressão, conforme vem assolando em toda parte.
Propondo o imediatismo como medida salvacionista do caos que se estabelece, em razão da ausência de objetivos relevantes para a existência, estimula a aquisição de recursos que somente proporcionam os meios para o prazer e o narcisismo, o desfrutar dos gozos exaustivos, levando ao estresse, por um lado, quando as dificuldades se apresentam, ou ao tédio, após fruídos continuamente.
Essa conduta é estimulante aos iniciantes nos jogos dos interesses materiais, sem a experiência, que é fruto dos labores vivenciados na conquista dos ideais mais significativos da sua existência.
Buscando as sensações fortes do dia a dia, não se preocupam com as emoções superiores da vida a serviço da iluminação pessoal, como conseqüência do conhecimento intelectual e do sentimento profundo do amor, em perfeita identificação de objetivos morais.
O ser humano encontra-se, quando nessa condição, soterrado sob a força dos desejos primários que o vêm conduzindo pelo amplo período da evolução.
Ademais dos fatores sociopsicológicos geradores da depressão, é possível acrescentar-se os que se derivam da perda de sentido existencial, da ausência de segurança nos padrões nobres das tradições de beleza e de objetivos dignificantes, da falta de convivência saudável com o próximo, em razão do medo de ser traído, abandonado, explorado ou simplesmente ignorado quando as suas necessidades se impuseram em relação à amizade e ao afeto.
(continua)
Do livro: Entrega-te a Deus
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
3 comentários:
Com o advento do capitalismo, da globalização, da informação imediata, as pessoas inverteram valores, substituíram valores morais por bens materiais, numa corrida desenfreada para adiquirir mais e mais, esquecendo-se até mesmo dos próprios filhos. As pessoas competem entre sí o tempo todo, a inveja impera dentro das próprias famílias, um quer ter mais que o outro. Só que depois de passada a euforia, vem o vazio, a depressão...
Adorei a mensagem, querida Denise!
Beijos!♥
Gostei da postagem :)
bom dia colega Denise
é tudo isto mesmo e mais e mais
mas não damos conta e o tempo passa rápido demais , e acredito que todos / todos nós sofremos deste consumismo dia/dia.
forte abraço
elisa
( bom final de semana )
Postar um comentário