Pressionado pelas constrições de vária ordem, exceção feita aos fenômenos patológicos, na área da personalidade, o indivíduo tímido, desistindo de reagir, assume comportamentos fóbicos.
Neuroses e psicoses se lhe manifestam, atormentando-o e
gerando-lhe um clima de pesadelo onde quer que se encontre.
A liberdade, que lhe é de fundamental importância para a
vida, perde o seu significado externo, face às prisões sem paredes que são
erguidas, nelas encarcerando-se.
Da melancolia profunda ele passa à ansiedade, com alternâncias
de insatisfação e tentativas de autodestruição, e da desconfiança sistemática
tomba, por falta de resistências morais, diante dos insucessos banais da existência.
Nem mesmo o êxito nos negócios, na vida social e familiar, consegue
minimizar-lhe o desequilíbrio que, muitas vezes, aumenta, em razão dejá não lhe
sendo necessário fazer maiores esforços para conseguir, considera-se sem
finalidade que justifique prosseguir.
Os estados fóbicos desgastam-lhe os nervos e conduzem-no
às depressões profundas. São vários estes fenômenos no comportamento humano.
Surge, porém, no momento, um que se generaliza, a pouco
e pouco, o denominado como fobia
social, graças ao qual, o indivíduo começa a detestar o convívio com as
demais pessoas, retraindo-se, isolando-se.
A princípio, apresenta-se como forma de mal-estar, depois,
como insegurança, quando o homem é conduzido a enfrentar um grupo social ou o
público que lhe aguarda apresença, a palavra.
O grau de ansiedade foge-lhe ao controle, estabelecendo
conflitos psicológicos perturbadores.
A ansiedade comedida é fenômeno perfeitamente natural,
resultante da expectativa ante o inusitado, face ao trabalho a ser
desenvolvido, diante da ação que deve ser aplicada como investimento de
conquista, sem que isto provoque desarmonia interior com reflexos físicos
negativos.
Quando, então, se revela, desencadeada por problemas de
somenos importância, produzindo taquicardias, sudorese álgida, tremores
contínuos, estão ultrapassados os limites do equilíbrio, tornando-se
patológica.
A fobia social impede
uma leitura em voz alta, uma assinatura diante de alguém que acompanhe o
gesto, segurar um talher para uma refeição, pegar um vaso com líquido sem o
entornar... O paciente, nesses casos, tem a impressão de que está sob severa
observação e análise dos outros, passando a detestar as presenças estranhas até
os familiares e amigos mais íntimos.
Em algumas circunstâncias, quando o processo se encontra
em instalação, a concentração e o esforço para superar o impedimento auxiliam-no, facultando-o
somente relaxar-se e adquirir naturalidade após constatar que ninguém o
observa, perdendo, assim, o prazer do diálogo, face à tensão gerada pelo problema.
A tendência natural do portador de fobia social é fugir, ocultar-se
malbaratando o dom da existência, vitimado pela ansiedade e pelo medo.
(continua)
Do livro: O Homem
Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
3 comentários:
boa noite amiga que texto interessante vou acompanhar a , sua sequencia e vc tudo bem
bom final de semana
forte abraço
elisa
A esperança vive em mim,
amanhece comigo,
percorre o dia todo
e, quando anoitece, ela está ainda mais fortalecida
Desejo a você
que também tenha sempre a esperança,
que ela permaneça sempre em seus pensamentos.
Que as estrelas iluminem e guiem seus passos.
Que Deus abençoe seu final de semana.
Beijos no coração carinhos na Alma.
Evanir.
Amiga Denise, passando por aqui para apreciar teu post. Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
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