Emmanuel
Imaginemos o sonho do lavrador vigilante.
O fruto ótimo, a colheita feliz e o celeiro farto são para ele a
divina visão.
Mas o servo fiel do solo não se entrega a expectação ou preguiça.
Verte copioso suor conduzindo a charrua que lhe enrijece os
braços.
E, depois de ofertar à terra o melhor de si, em devoção e carinho,
confia-se à sementeira que lhe constitui a bênção do início.
Sabe que amanhã pode surgir a erva daninha, em torno da planta
frágil, e usa a enxada com antecipação e cuidado, defendendo o trabalho que lhe
resume a alegria.
Não ignora que o verme lhe ameaça o serviço e intensifica a
própria renúncia, em cautela e dedicação, para que flores tenras não se percam,
desprevenidas.
E até que a seara lhe amadureça o ideal, sabe viver entre o
devotamento e a vigília, preservando o amanhã que lhe responde, enfim, com a messe
de bênçãos.
Se te empenhas pela vitória espiritual em ti mesmo, com o resgate
do pretérito e a construção do porvir, aprende a guardar o presente, entre o
bem e a verdade.
E servindo, quanto puderes, removerás de teu campo os espinhos e
as pedras do “ontem”, convertendo dificuldades e sombras em valiosos
recursos para a sublimação da própria alma, ante o sol do futuro.
Fonte: Irmão – Chico
Xavier/Espíritos Diversos
Um comentário:
A preparação não é dom divino, exige esforço e dedicaçao. Muito já ouvi "Não estou preparado pra isso", como se esse preparo chovesse apenas sobre alguns privilegiados.
E continuam a não se prepara para nada!
Assim é difícil, gente! Façam algum movimento de intenção, pelo menos.
Beijos.
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