É muito conhecida a passagem do evangelho, narrada pelo apóstolo Matheus em que Jesus usa do exemplo alegórico para representar o grão de mostarda como o monte. “Se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda diríeis ao monte, passa daqui para acolá que o monte se moveria.” (Matheus 14:19)
O
evangelho, orienta-nos que as montanhas das quais devemos transpor em nossa
vida, são as montanhas das dificuldades, das resistências, da má vontade dentre
tantos outros sofrimentos.
Somente
uma chave liberta-nos dessas amarras da incredulidade que faz com que não
consigamos transpor nossas agruras: a fé.
Pois,
o que é fé? Que palavra é esta que em seu cunho possuí um poder imenso da qual
muitas vezes repetimos em nossa vida diária, e ao menos não a compreendemos e
não conseguimos a entender.
Segundo
Emmanuel, no livro O Consolador, ter fé é guardar no coração a luminosa certeza
em Deus, é a certeza de sua assistência, ela exprime confiança que sabe
enfrentar todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração.
Conseguir
a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer: eu creio, mas afirmar: eu
sei.
Evidente,
que estamos rumo à marcha do progresso e evolução, e ainda somos espíritos
imperfeitos arraigados na materialidade terrena, por isso, muitas vezes não nos
conformamos e nos revoltamos com as situações e acontecimentos dos quais nos
deparamos durante nossa existência. Mas, se tivéssemos fé sincera nada nos
abalaria.
A
verdadeira fé, a fé sincera, é sempre calma, nos apóia na paciência e sabe
esperar, pois está alicerçada na inteligência e compreensão dos fatos,
dando-nos resignação durante a caminhada, porque então confiaríamos nos
desígnios divinos, entendendo nossas limitações e imperfeições.
Deus,
nosso Pai, que é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas,
soberanamente justo e bom, não age por capricho. Ele está em nosso coração,
redivivo pela fé sincera e raciocinada, fé esta que nos explica e conforta
dando-nos lucidez e confiança.
A fé sincera se baseia na razão,
enquanto que a fé cega aceita tudo sem controle, falso ou verdadeiro,
produzindo maior número de incrédulos e levando-nos ao excesso, e todo excesso
produz o fanatismo. “Quando a fé se firma no erro, cedo ou tarde desmorona.”
O consolador prometido, que é a doutrina
espírita, vem nos mostrar os desígnios da providência divina, trazendo à luz da
razão a fé inteligente, que nos conforta, nos explica, nos traz às respostas
para o que nos aflige e nos fá forças para continuar seguindo a nossa
caminhada.
Nos mostra que a esperança e caridade
são uma conseqüência da fé, por isso, a fé sincera é transformadora e não
compreende a estagnação. Então, o trabalho no bem e o amor ao próximo como
exemplificado por Jesus, é trilho para que consigamos desenvolver esta fé
consoladora, raciocinada e inabalável.
Juliana Caldeira Cuin
imagem: www.paixaoeamor.com
2 comentários:
Pois é amiga Denise, um dia descobrimos que a fé cega é um mito. E quando no livramos deste mito e começamos a compreender o significado da fé raciocinada, passamos a enfrentar os problemas mundanos de uma forma mais equilibrada.
Um abraço. Tenhas uma noite abençoada.
É difícil, para mim, dizer que "creio" em verdades evidentes,
como o Amor de Deus (Justiça inclusa, naturalmente), existência
do mundo espiritual e intercomunicação com a humanidade
encarnada, reencarnação e evolução do princípio espiritual.
Não consigo ver o mundo de outra maneira, portanto, não creio simplesmente,
sei que é assim.
Minha (ainda) pequena fé baseia-se neste conhecimento. Daí pra
frente, é que pode crescer.
Beijos.
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