Importante não olvidarmos que a vaidade atinge toda e
qualquer classe social, desde as paupérrimas até as que atingiram o cume da
independência econômica.
Ficaríamos envergonhados de nossas melhores ações, se
o mundo soubesse o que as motivou. A afirmativa se refere às criaturas que
fazem filantropia a fim de alimentar sua vaidade pessoal, impressionando o
mundo para que os inclua no rol dos generosos e de grandes altruístas.
O orgulho está incluído entre os tradicionais pecados
capitais do catolicismo. Como a vaidade é uma idéia justaposta ao orgulho, ela
também se destaca como um dos mais antigos defeitos a serem combatidos na
humanidade. No entanto, somente poderemos nos transformar se conseguirmos ver e
perceber, em nós mesmos, as raízes da vaidade, visto que negá-la de modo
obstinado é ficar estritamente vinculado a ela.
É oportuno dizer que não estamos nos referindo aqui
ao esmero na maneira de andar, falar, vestir ou se enfeitar, que, em realidade,
são saudáveis e naturais, mas a uma causa mais complexa e profunda. O motivo de
nossas análises e observações é o estado íntimo do indivíduo vaidoso, ou seja,
o que está por baixo do interesse dessa exibição e dessa necessidade de ser
visto, a ponto de falsificar a si mesmo para chamar a atenção.
Na fase infantil, a conduta dos pais e sua filosofia
de vida agem sobre as crianças, plasmando-lhes uma nova matriz à sua, já
existente, bagagem espiritual. Ao produto de suas vidas passadas é anexada a visão
dos adultos, membros de sua família atual. Portanto, através dos pais,
verdadeiros espelhos vivos, as crianças assimilam suas primeiras noções de
comportamento e modo de viver.
Filhos de pais orgulhosos podem-se tornar crianças
exibicionistas, carregando uma grave dependência psíquica de destaque.
Comportam-se para ser socialmente aceitas e para aparentar-se pessoas
brilhantes.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: kennedydiogenes.blogspot.com
2 comentários:
Pois é amiga Denise, orgulho e vaidade são dois intrusos que estão sempre querendo se manifestar; são dois inimigos que procuram nos distrair para darem seu grito do Ipiranga: "Estamos aqui, no comando". Precisamos estar sempre alerta e vigilantes conforme dizia o Mestre.
Um abraço. Tenhas um fim de semana abençoado.
Hammed parece concordar com meu pensamento (ou vice-versa)
de que não devemos dar combate frontal a hábitos (ou vícios)
muito antigos e profundamente arraigados, sob pena de perder
todas as batalhas.
O mais recomendável , portanto, seria tentar amoldá-los em uma
nova forma, mais útil e mais contornável.
Beijos.
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