Muitas vezes justificamos nossas limitações alegando
nossas tendências naturais, ou seja, somos vítimas de nós mesmos, afinal,
nascemos assim. Porém, na verdade, nossas tendências são o resultado do que
fizemos de nós próprios na sequência natural das existências sucessivas.
Afirmando que nossas
tendências não podem determinar nosso caráter nem justificar nossas
inclinações, afinal, se temos a liberdade de pensar, temos a de agir.
Romper o vício da lamentação é sempre possível, nunca
fácil. Mas, todo aquele que quer progredir, sempre pode ou não haveria a lei do
progresso que rege todo o adiantamento da vida cooperando para o bem.
Geralmente costumamos dizer que somos assim, nascemos
assim e quem quiser tem que gostar de nós como somos. Existe aí uma verdade
distorcida pois somos obras inacabadas e, por causa disso, mudando o tempo
todo.
Em verdade, nascemos para mudar constantemente e não
entender essa proposta é andar na contramão da vida onde, inevitavelmente,
sofremos.
Para deixar o hábito da queixa, assim como qualquer
outro, é necessário empenho e uma forte decisão. Lembremos que muitas vezes
estamos parando com um comportamento que realizamos há várias existências e,
por esta razão, entende-se a natural dificuldade de tal proposta.
Contudo, uma vez vencida a difícil transformação de
comportamento, temos este benefício para sempre, pois a liberdade que toma
posse daquele que se educa para não mais queixar-se é fascinante.
O problema é que muitas vezes acabamos a nos afeiçoar
com o hábito da queixa até pela falta de assunto. Algumas vezes, faz com que
acabemos por falar de nossa vida e daí nos apegamos ao seu lado menos feliz –
já é uma questão de cultura.
Por isso, aquele que quer verdadeiramente deixar este
vício deve fazer um acordo consigo mesmo. Esta transformação trata-se de uma
proposta íntima. Muitas vezes, acabamos falando de nossas intenções de parar
com a queixa para as outras pessoas mas sem compromisso pessoal.
Já que estamos iniciando nossa terapia, é importante
admirar a figura do não queixoso, querer verdadeiramente ser assim, se orgulhar
por passar por dificuldades sem questionar, afinal, este é o caminho.
Diante de qualquer situação em que estejamos, sempre
Jesus é o modelo a ser seguido e, desta forma, é fundamental para que tenhamos
êxito em nossa terapia antiqueixa nutrirmos sempre a figura de Jesus a nos
conduzir.
A resignação na cruz é o primeiro passo para
vencermos em nós a manifestação inferior da lamentação.
Do livro: Terapia
Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
imagem: paroquiaimaculadaconceicao.com.br
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