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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 7 de maio de 2014

OS SOFRIMENTOS HUMANOS I

O sofrimento se apresenta, na criatura humana, como uma enfermidade, que necessita de tratamento conveniente, em que se invistam todos os valores ao alcance, pela primazia de lograr-se o bem-estar e o equilíbrio fisiopsíquico.
Deste modo, o sofrimento pode decorrer do desgosto or­gânico ou mental que é um processo degenerativo do instru­mento material do homem. As doenças campeiam, e a recep­tividade daqueles que se encontram incursos nos códigos da Justiça Divina sofrem-nas, mediante as coarctações danosas dos mecanismos genéticos, ou por contaminação posterior, escassez alimentar, traumatismos físicos e psicológicos, num emaranhado de causas próximas, decorrentes dos compro­missos negativos do passado mais remoto.
Noutro caso, o sofrimento resulta da transitoriedade da própria vida física e da fragilidade de todos os bens que pro­porcionam prazer por um momento, convertendo-se em ra­zão de preocupação, de arrependimento, de amargura.
A busca do prazer é inata, instintiva, e o homem se lhe aferra na condição de meta prioritária.
Não raro, ao conse­gui-lo, frui da satisfação momentânea e, por insatisfação psi­cológica, propõe-se a prolongá-lo indefinidamente, sofrendo ante a impossibilidade de o manter, pelas alterações naturais que se derivam da impermanência de tudo, pela saturação e, finalmente, pela perda de objetivo após conseguido o anelo.
Por fim, surge o sofrimento dos condicionamentos de or­dem física e mental.
Os hábitos arraigados constituem uma segunda natureza, com prevalência na conduta psicológica do homem. As alte­rações e transformações produzem sofrimento, pela necessi­dade de ajustamento, pelo esforço da adaptação, e os altibai­xos da emoção que tende a reagir às mudanças que se devem operar na conduta.

(continua)


Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
imagem: poesiafaclube.com

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